Já estamos no fim do ano de 2016, e mesmo com a crise econômica que nosso país tem enfrentado nos últimos anos, o mercado produtor de joias, semijoias e bijuterias não pararam de trabalhar e continuam movimentando milhões de dólares ao ano. Esse mercado tem uma avaliação de crescimento de até 6% ao ano, e até 2020 as vendas do setor poderão chegar a US$ 250 bilhões anuais.
Respondendo à pergunta título desta matéria, uma pesquisa do SEBRAE do ano de 2015, considerou o mercado de joias e semijoias um dos mais promissores no país. Então, vamos aproveitar!
Nossas bijuterias criadas com tecidos, palhas, pedras e outros materiais orgânicos, movimentam US$45 milhões anualmente, e as joias folheadas a ouro ou prata movimentam US$55 milhões por ano. O segmento de joias folheadas brasileiras é composto em 95% por micro e pequenas empresas e 70% das exportações deste segmento, são para países ilustres no cenário mundial, como Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Argentina, Peru e Colômbia.
E o motivo para o mercado joalheiro brasileiro se manter ativo e saudável, conta com diversos pontos importantes que devem ser observados e explorados por quem trabalha nessa brilhante área. Vamos ver uma breve análise do mercado consumidor de joias:
- As mulheres continuam comprando semijoias e bijuterias mesmo em tempos de crise porque mantém uma ligação emocional com as joias e as associaram com uma questão de vaidade;
- O empoderamento crescente das mulheres no mercado de trabalho também contribui para o crescimento dos segmentos focados na mulher;
- O homem está cada vez mais presente como público comprador de joias e semijoias, adquirindo pulseiras, brincos, correntes, abotoaduras e outros artigos de adorno;
- A Classe A, e principalmente a classe B, estão trocando o mercado de joias pelo de semijoias, devido ao aumento do custo de vida no Brasil;
- O aumento do poder aquisitivo da classe C, D e E também é responsável pelo crescimento do ramo joalheiro;
- Como ponto positivo para o Brasil no mercado internacional, o grande diferencial de nossas joias, é o design, que traz o dinamismo e a sensualidade presentes em nossa cultura;
- A melhoria da qualidade e do padrão de produção de nossas joias também é um fator muito importante que nos mantém no mercado exportador, nos permitindo competir com mercados produtores tradicionais, como Itália, Hong Kong, Tailândia e Índia.
Mas, mesmo com todos esses pontos favoráveis, não podemos nos deixar levar pela confiança cega.
O mercado joalheiro precisa de muito investimento em capacitação, informação e tecnologia, porque ainda sofre com mão-de-obra pouco qualificada, desvalorização profissional, falta de comunicação entre a indústria e a mão-de-obra, baixa integração de empresas, dificuldade de acesso a financiamentos, poucas políticas públicas de incentivo ao setor, alto índice de informalidade tanto na produção quanto na comercialização das joias e semijoias, entre outros fatores que precisam ser corrigidos e melhorados dia-a-dia para não perdermos mercado e conseguirmos valorizar ainda mais o setor.
O designer de joias, é um profissional chave para o mercado, porque o processo de produção começa com a criação da joia, e para criar é necessário desenvolver a criatividade. A criatividade é uma competência humana, nasce com a gente! A capacidade de combinar, de inventar, de modificar, e também de gerar soluções inusitadas para problemas cotidianos (inclusive problemas de produção de joias) nunca será substituído por máquinas. Por isso esse profissional é tão importante no cenário joalheiro.
Atualmente esse profissional está desvalorizado, mas isso aconteceu porque a informação sobre tudo que ele precisa saber para atuar corretamente como Designer de Joias, não chega até ele. Os cursos são básicos e superficiais, e não abordam matérias que deveriam ser consideradas imprescindíveis para a qualidade desse profissional. E se esse profissional for qualificado, trará ainda mais valor para as empresas, para o mercado de joias como um todo e para si mesmo. A maioria dos produtores de joias não conhecem ou não sabem como utilizar esse tipo de informação para influenciar positivamente o saldo final dos lucros da empresa e o crescimento da marca como um todo. Eles entram nesse mercado por ser lucrativo, e iniciam suas produções copiando joias existentes e sem saber que é necessário investir em conhecimento para o crescimento e sustentabilidade da marca a longo prazo.
Comunicação empresarial, administração, público alvo, estudo de mercado, tecnologias, valorização de mão-de-obra, o mercado industrial e comercial de joias, mercado internacional, ética profissional, valor e preço, tendência, etc., podem ser citadas como matérias básicas de estudo para o designer e para o produtor de joias. E comunicação empresarial está em primeiro, porque existe uma grande falha interna de comunicação, o que gera um grande obstáculo para o crescimento e desenvolvimento mais rápido deste setor.
Ok! Você já sabe sobre as dificuldades do mercado joalheiro, mas como eu sempre foco nas soluções, abaixo estão algumas sugestões direcionais para os pivôs do ramo joalheiro estudarem, aplicarem e continuarem crescendo e reluzindo no mercado nacional e internacional de joias e semijoias:
Para o produtor de joias
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Para o Designer de Joias
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Muito bem! As informações e soluções estão lançadas! Estas são só algumas sugestões para seu desenvolvimento profissional e empresarial.
Está mais do que claro que, o mercado de joias está cheio de oportunidades para crescer e faturar, e que o designer e o produtor, precisam e devem tomar posse dessas oportunidades! Vamos pôr as mãos à obra?
Você sabe o valor da informação? Eu acredito que ela pode ser a diferença entre realizar ou não um sonho.”
Fontes de pesquisas e referências: Forbes | Ibmec | Revista PEGN
Driely – a designer de joias
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16 Comentários
Andreza Araujo
26 de julho de 2017, 14:37Trabalho num ramo totalmente diferente, mas “enxerguei” um mundo de possibilidades nesse mercado de trabalho. Estou conhecendo empresas para me tornar consultora de negócios de semi-joias e estou confiante em meu crescimento profissional, mesmo o país vivendo a crise financeira atual. Irei fazer a diferença num país em que todos se titulam iguais.
RESPONDERDriely@Andreza Araujo
2 de setembro de 2017, 14:48Olá Andreza. Boa sorte em seu ideais. Esse mercado precisa mesmo de pessoas mais qualificadas e humildes para compartilhar informação, porque uma grande maioria que estão nesse ramo e tem informação não compartilha com medo de perder seu lugar no mercado. Precisando de qualquer ajuda, estou à disposição. Fico muito feliz em saber que meu artigo tocou sua vida.
RESPONDERBella fritsch
12 de julho de 2017, 01:21Olá Driely também estou começando nesse segmento. Moro em Chicago e minha maior dificuldade tem sido informação. Tenho criatividade de sobra mas sinto que falta material de pesquisa sobre a parte de produção do design de joia como semi joia.
RESPONDERDriely@Bella fritsch
17 de julho de 2017, 15:11Olá Bella. Realmente a informação publicada é pouca nessa área. Você conseguirá boas informações com produtores ai em Chicago mesmo, mas tem que entrar na rede deles, fazer amizades e se entrosar com o pessoal da mesma área. O processo de produção do Brasil é diferente em alguns detalhes daí, portanto você pode optar por fabricar do modo brasileiro, mas para isso adquirir todo o conhecimento de produção, maquinários, e treinar pessoal ou fazer você mesma, ou pode fazer da maneira que é a cultura daí. O melhor é você se munir de informação e pesar os prós e contras de cada meio de produção, para ver o melhor caminho para você. Precisando estou à disposição. Bons negócios!
RESPONDERAlexandre
21 de junho de 2017, 12:49Boa Tarde Driely!
Primeiramente parabéns pelo artigo, muito instrutivo.
Estou estudando para entrar em atividade comercial no setor e no momento procurando eventos como seminários, palestra e workshops e feiras do mercado de semi-jóias.
Você teria alguma sugestão de evento o qual eu poderia aprender mais sobre o público potencial comprador?
Grato
Alexandre
RESPONDERDriely@Alexandre
2 de setembro de 2017, 14:41Olá Alexandre. Perdão pela demora em resposta.
O público potencial comprador tem a ver primeiro com o tipo de joias que você trabalha. Você pode trabalhar escolhendo um público alvo e depois os modelos que encaixam nesse público, ou escolhendo o tipo de joia que prefere trabalhar e depois determinar o público que interage com esse tipo de joia. O estudo de público alvo, envolve cultura, classe social, a atual condição política e leis que afetam essa classe (porque isso modifica os hábitos, compras, necessidades e supérfluos), moda, estilo desse público, idade, preferências, personalidade, aina outras coisas mais. É um estudo complexo, porque por exemplo, dentro da classe social media, tem um grupo menor que é clássico, outro é esportivo, outro é boho, e dentro de cada grupo menor, preferencias e hábitos mudam, e assim por diante. Comece escolhendo o público ou tipo de joia, e daí vá refinando a pesquisa.
Eu não conheço muitas fontes de pesquisa. Mas o Google ajuda muito, e claro, não pegue a primeira informação que aparece na página. Se vc pesquisar um tópico como ” o que influencia a compra” veja o máximo de artigos que puder e também pesquise em inglês, eles têm muito mais artigos publicadas sobre os mais diversos assuntos do que nós Brasileiros.
Espero ter ajudado e obrigada pelo elogio da matéria.
RESPONDEREstou a disposição!
José Wilson Souza Santos
16 de abril de 2017, 23:56Utilizando também a Revista Empreendedora para elaborar um trabalho acadêmico. Obrigado pela matéria.
RESPONDERDriely a Designer de Joias@José Wilson Souza Santos
18 de abril de 2017, 13:22Obrigada José! Me deixo a seu serviço caso precise de mais informações sobre o setor ou parte de produção. Pode entrar em contato comigo por e-mail.
RESPONDERL. Ramos
23 de novembro de 2016, 19:26Olá Driely, achei interessante a matéria e suas observações. Mas lembre-se de colocar as fontes das referências que você pesquisou, dará mais credibilidade ao que está sendo falado. 🙂
RESPONDERDriely@L. Ramos
24 de novembro de 2016, 11:44Olá Ramos! Me desculpe, eu vou adicionar as referências na matéria. Obrigada por me lembrar! O que você não encontrar nas referências, são de minha experiência profissional. Converso com muitos produtores e profissionais do ramo joalheiro, o que me dá a vantagem de saber em primeira mão sobre as _verdadeiras_ necessidades do mercado de joias e mercado de trabalho do setor. Também faço pesquisas informais e estudo em fontes internacionais, que estão muito a frente do Brasil em questões de necessidade, investimento, organização, pesquisa, informação e etc. Qualquer dúvida estou à disposição! 🙂 Obrigada por ler a matéria!
RESPONDERA Empreendedora@L. Ramos
24 de novembro de 2016, 14:57L Ramos, agradecemos a sugestão. Ela já foi atendida.
Encaminhei um e-mail para redacao@aempreendedora.com.br com seu nome e endereço, pois a revista A Empreendedora lhe enviará uma lembrança pela participação.
Contamos contigo para indicar nossa revista ao seu grupo de amigas(os).
Att. Equipe A Empreendedora.
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