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Sucesso nas relações: como não sabotar sua própria felicidade afetiva

Sucesso nas relações: como não sabotar sua própria felicidade afetiva

Algumas pessoas passam a vida buscando uma perfeição inatingível no sexo oposto e acabam por sabotar sua própria felicidade afetiva.

São pessoas que idealizam um par romântico e dispõem de muitos pré-requisitos para que se sintam seguras para iniciar uma parceria amorosa.

Bert Hellinger, o psicoterapeuta alemão que criou a Terapia das Constelações Familiares cita uma história que exemplifica o resultado desta idealização:

“Alguém ouviu dizer como é bom andar de carro, principalmente quando se está acompanhado. Ele decide primeiro olhar os diferentes modelos. Assim vai a diversas concessionárias, olha as ofertas e verifica suas particularidades.
É verdade que para quem quer andar todos os modelos servem, existe, porém, sempre a algo a reclamar aqui e ali. E assim ele decide esperar mais um ano.
No ano seguinte faz o mesmo e assim após três e quatro anos. No meio tempo até chegou a solicitar férias mais longas para poder conhecer também os modelos de carros em outros países.
Durante todos esses anos, porém, ainda andava a pé. Mas de repente perdeu a paciência. Neste momento, precisava de um carro imediatamente, mesmo que não fosse o melhor nem o mais novo modelo.
Tinha tanta pressa em obtê-lo que atravessou um cruzamento com o sinal aberto. Um caminhão tentou frear, mas era tarde demais. Matou-o”. (Bert Hellinger)

Trocando de história, é possível observar a semelhança em que muitas pessoas vivenciam nos dias atuais rondando noitadas, bares, aplicativos de relacionamento em busca do “par ideal”. Buscam o ideal mas recusam-se a olhar para o real.

Homens reais, mulheres reais que possuem histórias, qualidades, valores, dores, traumas, características físicas, desafios e além disso tudo uma disponibilidade infinita para amar.

Eu acredito que a maioria das pessoas nasceu predisposta a amar e ser amada (não levando em consideração pessoas com um distúrbio psíquico grave, como a psicopatia e/ou narcisismo perverso).

Então por que há tanta gente angustiada na solidão, infeliz na relação amorosa ou carente de afeto? Talvez estejamos construindo uma sociedade da não-aceitação.

Os quesitos para que as pessoas sejam aceitas geram uma lista tão grande como em uma entrevista de emprego para a vaga de CEO de uma multinacional.

Pouquíssimos irão preencher a lista de características pessoais. Muitos relacionamentos são desfeitos determinados por essa não-aceitação do outro como ele é.

Vejo também que não devemos aceitar quem nos tira de nosso centro, que nos causa um desequilíbrio ao ponto de dificultar nossa jornada, porém, é importante verificar se o que realmente queremos do outro é “humano”, é suficientemente bom e simples.

Algumas pessoas, inclusive, não buscam um parceiro afetivo para compartilhar a vida e sim um pai ou uma mãe substituto(a) para receber cuidados. Adultos, cuidam de si mesmos e compartilham a vida de casal.

Apenas as crianças necessitam ser cuidadas. Agora, faça um teste: organize numa lista o que você espera do seu parceiro afetivo. Leia calmamente.

Observe nesta lista as exigências que você faz ou fazia aos seus pais quando era uma criança e assinale todos estes quesitos. Risque eles e veja o que irá sobrar desta lista.

Pronto, essas exigências que sobraram são suficientemente favoráveis para que você tenha sucesso na sua vida amorosa.

Agora você estará no Eu adulto e já será capaz de abandonar as exigências infantis que fez ou faz ao seu parceiro(a). Quem sabe agora poderá buscar um parceiro de outra forma, mais simples, menos complicado e com menores exigências.

Em meu consultório, recebo muitas vezes pessoas que reclamam por não encontrar um verdadeiro amor. Digo para elas:

Você, como mulher, respeita o masculino? Se você respeitar o masculino, algum homem virá até você. Você, como homem, respeita o feminino? Se você respeitar o feminino, alguma mulher virá até você.

É algo para se pensar e levar em conta no momento em que se busca uma parceria amorosa.

Você como mulher, respeita seu pai? O primeiro masculino em você? E você, como homem, respeita sua mãe? A primeira feminina em você?

Se não respeita, o que é necessário movimentar dentro de você para alcançar tal atitude?

Os Polos feminino e Masculino em mim:

Agora faça um exercício, feche os seus olhos e verifique qual lado do seu corpo pesa mais: o esquerdo ou o direito. Qual tem mais força? O lado esquerdo é o feminino, o direito é o masculino.

Verifique o que é mais forte em você, sem medo. Agora para a parte mais fraca você diz assim: Eu acolho você também em mim e dou um lugar na minha alma ao que está faltando.

As mulheres, no geral, sentem a parte esquerda mais forte, que é também a parte que diz respeito à mãe. Os homens, no entanto, em grande parte alegam sentir mais forte a parte direita do seu corpo, a qual equivale ao pai.

Quando os dois polos estão em harmonia estamos aptos para a união. Acolhemos aquilo que negamos em nós, seja o nosso masculino, como também o nosso feminino. Acolhendo, aceitando, respeitando, esse é o caminho que leva ao amor.

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