O sofrimento e depressão podem ser ocasionados pelo Bullying
20 de outubro – Dia mundial de combate ao Bullying e muitas pessoas ainda têm dificuldades de identificá-lo e de evitar essa prática de violência.
Muitas vezes, o sofrimento é tão grande que as pessoas que sofrem por causa do Bullying podem ter depressão e há casos mais graves onde essas vítimas até cometem o suicídio por não saber o que fazer e onde encontrar ajuda.
Dan Olweus (1997), o psicólogo pioneiro sobre a temática Bullying, explica que a conduta de assédio escolar pode ser definida como um comportamento negativo, que causa danos e sofrimento, intencional e repetido, realizado por um ou mais estudantes dirigido contra outro que tem dificuldades para se defender.
O Bullying pode se manifestar de diversas formas:
- Verbal – comentários depreciativos, xingamentos, espalhar boatos falsos, ameaçar;
- Não verbal – isolamento ou exclusão social; físico: bater, danificar bens pessoais, empurrar, chutar ou cuspir;
- Cyberbullying – via telefone celular, mídia social ou internet.
Mas qual é o papel da escola quanto ao Bullying?
O papel da escola pode influenciar diretamente nas futuras condições de vida de cada criança.
Se for uma escola promotora de amor pelo conhecimento e boas relações interpessoais, os estudantes levarão consigo uma experiência que poderá lhes trazer frutos benéficos para seu aprendizado e para todo o seu ciclo vital.
Por outro lado, se for uma escola que negligencia ou admite práticas de violência, é bem provável que os estudantes se desenvolverão com muitas dificuldades e problemas sociais e emocionais, este fato poderá desencadear traumas que nem sempre são superados.
O que fazer para evitar situações de Bullying?
De acordo com a Unesco (2019) é importante promover a conscientização sobre a violência contra as crianças, os benefícios das escolas sem violência e o impacto prejudicial da violência escolar e do Bullying. Para isto, são apontadas algumas medidas a seguir:
- Educar os formuladores de política, professores, pais, crianças e adolescentes sobre o cyberbullying e as medidas que podem ser adotadas para preveni-lo e combatê-lo;
- Promover a conscientização entre formuladores de políticas, profissionais da educação e outros funcionários, pais, crianças e adolescentes sobre a violência contra as crianças e o impacto negativo da violência escolar e do Bullying;
- Realizar abordagens não violentas para a gestão e disciplina de sala de aula;
- Implementar intervenções para mudar as atitudes e normas sociais que condenam ou perpetuam a violência contra as crianças e adolescentes. Entre outras.
A conscientização do respeito ao próximo e da empatia que temos em relação às pessoas de nosso entorno é o princípio de como se evitar o Bullying, porque se temos consciência de que se fossemos as vítimas deste ato de violência, enfrentaríamos os impactos que o Bullying tem causado com mais rigor.
Ninguém precisa sentir na pele para combater a violência, basta sim um ato de solidariedade para ajudar a impedir que o Bullying exista ou se propague. Todas as pessoas devem ser respeitadas para vivermos em uma sociedade mais justa e humana.
Referências:
- Olweus, D. (1997). Bully/victim problems in school: Facts and intervention. European Journal of Psychology of Education, 4, 495-510.
- Unesco. (2019). Violência escolar e bullying: relatório sobre a situação mundial. Retrieved on April 17, 2020 from https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000368092
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Parabéns Nanda!!! Texto excelente!!!
Recomendo leitura da autora Fernanda Piske, estudiosa do tema, fortemente comprometida com a temática.