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Você vai ao restaurante para quê?

As pessoas vão ao restaurante até para comer!

A experiência de consumo é um assunto que vale a pena repetir, e repetir, e repetir…. Em matérias anteriores, persisti que os empresários vejam seus negócios através desta perspectiva.

Tenho insistido neste tema focado em lojas, vitrines, comércio em geral, e não poderia ser diferente para o setor de alimentação. Os restaurantes dirigidos para a experiência de consumo em todos os sentidos agregam maior valor ao produto. E o cliente, além de notar, paga por isso!

Momo, Londres - Restaurante marroquino | Foto: http-//www.timeout.com/
Momo, Londres – Restaurante marroquino | Foto: http-//www.timeout.com/

Momo, Londres – Restaurante marroquino | Foto: http-//www.timeout.com/

Não me refiro do sabor ou ao cheiro da comida. Mas, a partir daí, passo a considerar detalhes que levam a agregar diferenciais como: definição da apresentação do prato, o visual da comida, dos talheres, copos, guardanapos, toalhas, a mesa e cadeiras, o piso, as paredes e cortinas? A iluminação combina com o restaurante? Você quer que a iluminação incentive o consumo, ou não? Nos restaurantes “à la carte”, é melhor para o proprietário que o cliente consuma mais. Já se for “table d’hôte”, é melhor que consuma menos, pois o valor que pagará é o mesmo. Para isto, sugiro resposta para algumas perguntas:

Se está bem claro o conceito do seu restaurante, isso definirá o público dele. Sua iluminação está direcionada para este conceito? As cores também? Já pensou que a psicologia das cores pode ajudar na sua rentabilidade? E como é a sinalização dentro do seu restaurante? Como chegar até o banheiro? As senhas de wi-fi? Seu cliente sabe as formas de pagamento antes de consumir?

Phamily-Kitchen, Austrália | Foto: http-//www.idesignarch.com/

Outro aspecto, que também vale um artigo específico é a questão da acessibilidade. Mesmo com as leis rigorosas, neste aspecto, muitos ainda deixam a desejar!

E o cardápio? Ele é complexo ou simples? Exige equipamentos específicos para o preparo? O layout da cozinha à mesa está adaptado para ele? O acesso ao cardápio pelo cliente é fácil e rápido? Fácil de interpretar? Ele deixa bem claro sua especialidade? O prato do dia, ele passa a mensagem da sua marca? Combina com o perfil do cliente? Ele vende para você? Como é o traje do seu garçom ou do Cheff que visitam as mesas? Combina com todos os detalhes acima? E a fachada? Para o consumidor, sabendo ou não, olhos são os primeiros compradores.

Observe-se que são muitas as perguntas e variáveis que influenciam no seu negócio.

Pensar um restaurante não é uma tarefa para somente duas mãos! O Visual Merchandising (VM) pensa tudo isso e muito mais, e de uma forma conjunta com a arquitetura, com o design de interiores do ambiente, com o marketing e o branding de sua marca.

Ele domina uma técnica que está focada no retorno financeiro, mas que centraliza suas decisões na experiência de consumo do cliente e em seu conforto e atendimento, sem deixar de valorizar a marca e principalmente o produto.

É o profissional que se detém em todos os sentidos do cliente. Eu diria que é a arte de apresentar o alimento que será servido, ou melhor: a arte de construir satisfação em seu cliente na busca do seu produto!

Fonte: Jessika Bona, Bread Street – Gordon Ramsay, Londres 2016

Além disso, pensar a funcionalidade, a ergonomia e as normas de higiene junto com todas as variáveis acima, trará uma redução de custo em mão de obra, tempo, matéria prima etc., ou seja: evitará desperdícios.

O Visual Merchandising junto com o desenho do ambiente e a arquitetura é, muitas vezes, uma ferramenta não explorada pelos administradores e pode ser dos maiores responsáveis pelo sucesso de um negócio. A maioria dos empresários do setor gastam boa parte de sua energia na compra da matéria prima pela melhor condição de preço – qualidade – prazo, na revisão  dos custos/gastos gerais, na criação de promoções e, muitas vezes, somente estas práticas administrativas não trazem os resultados desejados. Indico para que o VM seja um ponto a ser administrado na rotina de um empresário de qualquer setor.

Foto: Jessika Bona – The Foly, Londes 2016

Vale o lembrete: um produto bom em um ambiente ruim, com certeza, terá suas vendas prejudicadas. Já, o mesmo produto, em ambiente aprazível, poderá vender acima do esperado, por gerar satisfação estando conforme com o público alvo, seus clientes.

 

Jessika Bona

Designer de Interiores com especialização em Visual Merchandising e
Master em Arquitetura e Iluminação.

 

Picture of Jessika Bona

Jessika Bona

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