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Bumba Meu Boi

Bumba Meu Boi, Patrimônio da Cultura Nacional

Junho, Mês Oficial do Bumba Meu Boi

Bumba Meu Boi é patrimônio da cultura nacional. Pois mostra a diversidade brasileira unindo várias formas de artes: Música, Teatro, Dança, Artesanato e Empreendedorismo.

Toda a empreendedora deve conhecer a cultura do país onde mora. Pois assim pode criar novos produtos, com serviços diversificados, para atrair clientes.

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), aprovou, em 2017, por unanimidade, a candidatura do Complexo Cultural do Bumba Meu Boi para a Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

Em novembro de 2019, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) aprovou o Bumba Meu Boi como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, num evento em Bogotá, na Colômbia.

O Bumba Meu Boi, ao mesmo tempo, que fortalece a Cultura, também estimula a Economia gerando renda principalmente para as mulheres.

Segundo arqueólogos e historiadores, na Antiga Grécia e também na Roma Antiga, há três mil anos antes de Cristo, já existiam eventos onde pessoas se fantasiavam de boi.

Mas professores dizem que a lenda do Bumba Meu Boi surgiu no Brasil-Colônia.

Reza o mito que naquela época existia um casal, Pai Francisco e Catirina, que trabalhava para um fazendeiro.

O problema é que Catirina estava grávida e tinha uns desejos estranhos de gestante.

Um dia, no mês de junho, o dono do sítio foi viajar e deixou Francisco gerenciando o local.

Mas a grávida ficou com vontade de comer língua de boi.

Assim seu marido roubou a língua do primeiro boi, do sítio, que encontrou.

Porém, um funcionário gritou:  “Esse é o boi preferido do patrão!”

Francisco, desesperado, carregou o animal, junto com os outros capatazes, até o pajé, da floresta, que tinha fama de mago.

O indígena reviveu o bicho que ressurgiu todo colorido.

Assim, ninguém levou bronca do fazendeiro.

Além disso, todos fizeram uma festa para comemorar o final feliz.

A festa do Bumba Meu Boi relembra essa lenda.

Segundo o professor, Antônio Sandamman, do curso de Letras da UFPR, a palavra Bumba veio de bumbo, que é um instrumento musical usado até hoje no Brasil.

Aliás, a fantasia de Bumba Meu Boi é fácil de fazer através de material reciclado.

Em Curitiba a artista plástica, Iriene Borges, já confeccionou Bumba Meu Boi com o seguinte material: caixa de papelão, jornal velho, retalhos, fitas, cola, garrafas pet e tinta.

Porém o que não pode faltar no boi é a chita, o tecido preferido de Catirina.

Dependendo do estado, o mesmo Bumba Meu Boi pode receber diversos nomes:

  • Boi-bumbá;
  • Boi Surubi;
  • Boi Calemba;
  • Boi-de-mamão;
  • Boi Pintadinho;
  • Boi Maiadinho;
  • Boizinho;
  • Boi Barroso;
  • Boi Canário;
  • Boi Jaraguá;
  • Boi de Canastra;
  • Boi de Fita;
  • Boi Humaitá;
  • Boi de Reis;
  • Reis de Bois;
  • Boi Araçá;
  • Boi Pitanga;
  • Boi Espaço;
  • Boi Sapeca;
  • Boi Travesso;
  • Boi de Jacá; e
  • Boi de Festa Junina.

Esse último nome, Boi de Festa Junina, significa que ele também é festejado junto com os santos de junho. Afinal, o dia oficial do Bumba Meu Boi é 30 de junho.

O Bumba Meu Boi também volta a ser festejado, no final do ano, com o começo das férias escolares e seu festejo acaba 6 de janeiro, Dia de Reis, para retornar só depois nas festas juninas. Por isso ele também é chamado de Boi de Reis.

O Festival Folclórico de Parintins, no Amazonas, acontece no final de junho e começo de julho.

Nesse evento, Parintins se veste com a cor azul do “Boi Caprichoso” e com a cor vermelha do “Boi Garantido”.

Historiadores afirmam que em Curitiba, do século dezenove até os anos sessenta, havia a Festa do Boi de Mamão, em clubes e em paróquias da região.

Mas, infelizmente, a tradição se perdeu com o tempo.

Porém, eu, como professora de Dança tento recuperar a tradição do Boi Mamão na capital do Paraná.

Pois tenho um grupo de Dança onde bailamos e contracenamos com um boi artesanal feito pela artista plástica, Iriene Borges.

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Luciana do Rocio

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