24 de maio, Dia Nacional do Cigano

O Dia Nacional do Cigano é comemorado no Brasil em 24 de maio por ser o dia de Santa Sara Kali, padroeira deste povo.

A mulher cigana é um exemplo de capacidade de adaptação aos ambientes diversificados e uma prova viva de empreendedorismo criativo.

Esta comemoração foi instituída em 25 de maio de 2006 por meio de decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em gratidão à contribuição da etnia cigana na formação da História e da identidade cultural brasileira.

A data foi comemorada pela primeira vez em 24 de maio de 2007, com uma programação selecionada da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.

Como parte da comemoração, foram lançados o carimbo e o selo cigano, pelas Empresas Brasileiras de Correios e Telégrafos, em gratidão ao fato histórico da participação dos ciganos nas comunicações.

Também foi apresentada a Cartilha de Direitos da Etnia Cigana através da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.

O povo cigano inclui os Roms, Sintos e Calons, grupos formados pela divisão de um povo nômade originário do norte da Índia que se espalhou por diversos lugares.

Reza a lenda, que há 3000 anos antes de Cristo, na Índia havia um povo alegre com dons místicos. Numa noite de primavera um anjo apareceu e disse:

Vocês têm os poderes de curar as pessoas e de trazer a alegria, através da Arte, para diversos povos. Por isto o Poder Superior deseja que vocês viajem e conheçam diversas culturas sem parar no mesmo lugar.

Após estas palavras carroças surgiram do céu e foram dadas de presente para os ciganos. Deste jeito eles passaram a viajar pelo mundo.

Santa Sara Kali é a protetora deste povo nômade. Reza a lenda que ela era uma moça, de pele morena, que veio da Índia.

Dizem que ela assistiu à crucificação de Jesus, aos prantos, e que foi uma das moças que foi rezar em seu túmulo, quando ele já tinha se levantado.

Há uma versão que diz que Sara Kali estava num barco, quando viu José de Arimatéia se afogando. Assim, mesmo sem saber nadar, se jogou no mar para salvar este moço.

A principal igreja de culto a esta santa fica na cidade de Saintes-Maries-de-la-Mer, na França.

Santuário de Santa Sarah – Igreja de Saint Michel

A imagem dela fica na cripta da Igreja de Saint Michel, onde estariam guardados seus ossos.

Os fiéis dizem que Santa Sara atende a qualquer pedido, principalmente, se alguma mulher não consegue ter filhos.

A tradição é que quando uma moça deseja engravidar, mas que por algum motivo não pode, ela deve orar a esta santa e em trocar oferecer um lenço à Sara Kali quando ficar gestante.

Alguns historiadores dizem que na caravana de Pedro Alvares Cabral algumas ciganas viajaram, às escondidas, e por isto chegaram o Brasil.

O problema é que, naquela época, elas eram discriminadas porque curavam as pessoas através de simpatias e por isto eram confundidas com bruxas.

Então para fugirem de perseguições, muitas destas moças vieram, ao Brasil, escondidas nas embarcações.

No Brasil-Colônia os ciganos exerceram as profissões de mensageiros, artesãos e comerciantes.

Depois muitos entraram para o Exército.

Muitas celebridades brasileiras são, ou, foram de origem cigana, dentre elas estão:

  • Presidente Juscelino Kubitschek;
  • Escritora Cecília Meireles;
  • Comediante Dedé Santana;
  • Cantor Sidney Magal e
  • Dupla sertaneja Tonico e Tinoco.

As mulheres ciganas são empreendedoras natas e têm experiências importantes para mostrar a todas as moças que pretendem lidar com o comércio.

Como elas eram nômades e viajavam para diversos países precisaram aprender uma comunicação rápida nestes lugares já que era impossível dominar um idioma em poucos dias.

Então estas senhoras fizeram da mímica e da simpatia suas maiores aliadas quando vendiam seus produtos no comércio.

As ciganas sempre souberam usar a Arte como forma de marketing para suas atividades empreendedoras. Por exemplo: quando queriam vender lenços, dançavam em público com estes mesmos véus.

Desta maneira comercializavam seus produtos de forma mais rápida.

No dia 24 de maio, há palestras contra o preconceito e a favor da cultura cigana. Também existem festas culturais com músicas e danças deste povo alegre.

Durante o mês de maio várias instituições, homenageiam os ciganos, com atividades como palestras e Dança Cigana Artística.

Neste dia dezenove de maio, participei do evento, de Danças Circulares Ciganas, organizado pela professora Conceição Miranda (Conchita) e realizado no Convento São José, no Cristo Rei.

A decoração estava poética. Pois no meio havia uma mandala feita com leques, pandeiro e pétalas de rosas.

As professoras Conchita Miranda e Elisabeth Oliveira ensinaram lindas danças circulares. A professora Joana Darc se apresentou com seu grupo de alunas e também fez uma dança solo.

O lanche estava maravilhoso com quitutes levados pelas participantes. Os destaques foram o manjar e o bolo de laranja.

Também foram servidos o pão da prosperidade e o chá tradicional cigano.

Por tudo isto acima, foi um evento inesquecível.

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