Como delimitar o uso da Inteligência Artificial para que não ultrapasse as “barreiras da humanidade” e não seja confundida com o ser humano.
Definida pelo matemático e cientista John McCarthy como a ciência e engenharia de produzir máquinas inteligentes, a Inteligência Artificial (IA) maximiza as chances de sucesso no que diz respeito a resolução de problemas através de mecanismos ou software.
Existem alguns fatores que determinam a IA: a capacidade de raciocínio, aprendizagem, reconhecimento de padrões e inferência, ou seja, a capacidade de aplicar o raciocínio nas situações do dia a dia. É a possibilidade de as máquinas pensarem como seres humanos.
Ela é alimentada através de grandes quantidades de informações, a qual chamamos de Big Data. Essas informações, somadas à computação em nuvem e modelos de dados, torna as máquinas cada vez mais inteligentes.
O aprendizado das máquinas, através de nossas interações e dados, caracteriza-se como machine learning.
A inteligência artificial é a maior evolução tecnológica da área da computação, devido à capacidade de conectar diversas áreas da nossa vida, facilitando e prevendo nossas necessidades.
Já estamos imersos nessa tecnologia sem ao menos perceber: quando utilizamos o Google e ele preenche automaticamente as buscas, ou quando o App Waze sinaliza as melhores rotas no trânsito a partir de nossa localização.
Segundo estudo realizado pela multinacional Accenture Institute for High Performance, a Inteligência Artificial poderá duplicar o crescimento econômico anual até 2035 em 12 economias desenvolvidas, aumentando a produtividade em até 40% devido a otimização do tempo.
Quando falamos de IA, não podemos evitar de pensar em robôs, que seria nada mais que a IA com a mobilidade um ser humano.
Como previsto no livro Eu Robô, escrito por Isaac Asimov em 1950, os robôs já substituem os humanos em diversas funções, pois as máquinas guardam, cruzam e analisam dados em uma velocidade muito maior do que a dos humanos.
Como máquinas quase não falham e não dão prejuízos, elas já substituem o trabalho humano, e viriam a tomar decisões e pensar como nós.
Mas, a vida própria dos robôs pode não ser tão amigável, já que esse avanço levanta questões éticas que precisam ser debatidas para evitar que as relações humanas sejam desestruturadas.
Mas como limitar o uso da IA?
Os avanços da tecnologia vêm causando preocupação. Vários filmes já retratam computadores inteligentes se rebelando contra humanos.
Isaac Asimov, escritor e bioquímico americano, prevendo o impacto da internet, criou as famosas leis da robótica para impedir a ameaça dos mesmos:
- Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal;
- Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei;
- Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e/ou a Segunda Lei.
Conforme uma pesquisa feia pela Universidade de Oxford, de Yale e do Future of Life Institute (uma organização que estuda riscos relacionados com a IA), a sociedade deve encontrar formas de minimizar o perigo, e esse assunto deveria ser uma prioridade entre os pesquisadores envolvidos no desenvolvimento da IA.
Não temos como prever ou conter o avanço dessa tecnologia. Provavelmente, terão que ser criados outros mecanismos para que ela permaneça sob controle.
O fato é que, independente de como será o futuro, teremos novos ajudantes em todos os quesitos de nossas vidas. Ou novos concorrentes.