Semana do dia dos namorados e o amor está no ar.
Porém, muita gente está sem um relacionamento e querendo encontrar um amor verdadeiro e duradouro.
Ou então, já tem seu amor, mas está passando por conflitos no relacionamento, o que é tão comum.
Já parou para pensar que podem existir barreiras “invisíveis e inconscientes” aos olhos que bloqueiam a sua permanência e felicidade nos relacionamentos?
Faz um certo tempo que venho estudando e aplicando a Constelação Familiar na minha vida com a ajuda da Terapeuta Claudia Pampolini.
Em uma das nossas conversas ela me explicou como a Constelação Familiar pode ajudar a desbloquear ou destravar o campo dos relacionamentos nas nossas vidas.
E é isso que vou te contar neste texto.
Tudo começa com a nossa Mãe. Nossa relação primeira!
O ponto de partida para estas descobertas é analisar a qualidade da relação atual com nossos pais.
As relações amorosas estão ligadas com a primeira e principal relação, que é com a mãe.
Analisar e se propor a trabalhar este fator pode significar o sucesso ou o insucesso das suas relações amorosas.
Precisamos aprender a acalmar a “fome” de ser amado, acarinhado, acolhido.
Caso contrário você pode acabar indo com muita “fome ao pote”, ou seja, para cima do nosso parceiro com nossas reivindicações infantis que remontam da nossa relação com nossos pais, lá da nossa infância e que precisam ser resolvidas, acolhidas e integradas.
Essa “fome” pode estar relacionada com a nossa criança, ou seja, ao invés de serem dois adultos se relacionando, podem ser duas crianças feridas e carentes se relacionando, mesmo já estando crescidos.
Ou seja, um espera que o outro saiba suprir essa “fome de afeto” interna, e isto geralmente sobrecarrega o outro com nossas demandas e expectativas, o que torna as relações difíceis.
O amor inocente ao sistema familiar.
Bert Hellinger chama de amor inocente ao sistema familiar, quando a pessoa carrega, inconscientemente, falsas crenças nas quais ela acredita ter que repetir os mesmos padrões dos seus antepassados para pertencer, uma das leis sistêmicas estabelecidas por ele.
Como exemplo:
Se a mãe casou 3 vezes ou a irmã e as tias tão pouco foram felizes, inconscientemente a pessoa acredita que ela também não tem o direito de ser feliz.
Inconscientemente ela crê que se for feliz estará quebrando uma repetição de insucessos que acontece há anos na família, e por isso não pertencerá mais ao “clã”.
Porque possui este amor inocente ao seu sistema familiar e para pertencer acaba repetindo o padrão de infelicidade e não permissão para ser realizada nos relacionamentos amorosos.
Sendo assim, acaba bloqueando de forma inconsciente sua prosperidade e felicidade nos relacionamentos.
E como resolver?
Cada caso é um caso e deve ser analisado individualmente.
Não tem uma fórmula geral instantânea para resolver estes bloqueios, pois cada sistema familiar carrega suas histórias, dores, energias e qualidades.
Para conseguir quebrar estas falsas crenças, bloqueios e mágoas é necessário trabalho interno e autoconhecimento, tantos do homem quanto da mulher.
Em síntese, é importante rever, acolher, concordar e reverenciar seus pais, independentemente de como foi sua infância, pois sem o sim a vida deste casal, você não existiria aqui hoje.
E olhar para sua relação com seus pais é dizer um sim a vida, ao amor, ao sucesso, a abundância, a saúde e a paz.
Se a mulher tem uma relação desrespeitosa com seu pai, sem querer, pode transferir isso ao seu parceiro.
E se o homem tem uma relação conflituosa com a mãe consequentemente, pode transferir para sua parceira. A melhor atitude que você pode tomar é:
- Buscar a reconciliação interna com seu pai e mãe, concordando com tudo como foi e é;
- Buscar se conhecer, se desenvolver, se integrar, se amar para daí buscar no parceiro, não mais a metade da sua laranja, mas sim um outro ser inteiro, que como você tem alegrias e tristezas, mas que juntos podem reescrever uma linda história de amor.
Quando existe amor entre o casal ambos sabem da necessidade de investir em autoconhecimento para aceitar a si mesmo e por consequência, os outros, tal como cada um é.
E por fim, acreditamos que a constelação familiar, uma psicoterapia breve criada por Bert Hellinger, pode sim te ajudar a entender e a resolver seus problemas amorosos.
Sem milagres, mas com a amorosidade e profundidade que a técnica proporciona, munindo-o com algumas chaves, mostrando focos de possíveis barreiras que estejam travando sua percepção frente as relações amorosas.
Tenha sempre em mente que a grande mudança quem fará será VOCÊ MESMO, com sua atitude, acolhimento e autodesenvolvimento.
Texto teve participação especial e coautoria da terapeuta Cláudia Pampolini, especialista em constelação familiar.