A gestão pessoal do dinheiro é um assunto, muitas das vezes, pouco discutido entre os brasileiros.
Bancos ou Cooperativas de Crédito? A percepção deste tema varia de pessoa para pessoa e dependente de como cada indivíduo trata a ideia de guardar ou gastar dinheiro.
Uma das formas mais comuns de guardar, tomar emprestado e emprestar dinheiro é através de instituições bancárias. Mas uma instituição bancária ainda não é a última opção na hora de pensar “onde devo guardar ou aplicar meu dinheiro?”.
Aqui, esboçaremos um pouco sobre a diferença entre os bancos e as cooperativas de crédito para que você, ao final desta leitura, possa continuar tomando as melhores das decisões.
Bancos
Os bancos surgiram no período dos fenícios em aproximadamente 3.000 a. C., desde dessa época emprestava-se dinheiro a juros e essa prática se consolida até hoje no meio das instituições financeiras. E o primeiro banco bem-sucedido no Brasil apareceu em 1808.
Os bancos são instituições financeiras que intermediam a tomada de recursos dentro do Mercado Financeiro. Quando pensamos em empréstimo, de forma imediata pensamos em recorrer ao banco e seus serviços.
Da mesma maneira acontece quando queremos aplicar/emprestar nossos recursos, pensamos nas aplicações de renda fixa como, por exemplo, o CDB ou poupança.
Os bancos intermediam as ações dos deficitários (que tomam emprestado) com os superavitários (os que emprestam).
E o lucro gerado pela intermediação desse agente financeiro vai para os acionistas e sócios dos bancos. Isto é, a intermediação bancária é vantajosa para os próprios sócios e acionistas dessas instituições.
Cooperativas de Crédito
As primeiras sociedades cooperativas apareceram em 1844, na cidade inglesa de Rochdale, através de vinte e oito tecelões que fundaram uma cooperativa de consumo. No Brasil, a primeira cooperativa de crédito surgiu em outubro de 1889.
O modelo das cooperativas de crédito consiste em cada membro (os cooperados) ser um sócio da cooperativa e, através desse modelo ser feito o mesmo tipo de intermediação que fazem os bancos.
Bem como os bancos, as sociedades cooperativas são instituições financeiras que fazem intermediação entre superavitários e deficitários de recursos financeiros.
O diferencial está em alguns pontos que veremos a seguir:
- a taxa de custo é menor comparada à dos bancos;
- direito a voto, pois você é o um sócio da cooperativa;
- distribuição de resultados, uma vez que você ganha junto com todos os cooperados;
- acesso a diversos produtos; e
- Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até R$ 250.000,00.
Os bancos também garantem seus clientes com o FGC até a mesma quantia, isso é uma das características parecidas entre bancos e cooperativas de crédito.
Porém, a maior diferença está mesmo em ser cliente ou sócio. Num banco, você é cliente, e numa cooperativa de crédito você é sócio, faz parte do negócio de forma mais abrangente.
Finalizando nossas análises, não é que o banco seja ruim ou que a cooperativa de crédito seja melhor. Isso tem mais a ver com o perfil de cada pessoa e da forma como trata suas finanças.
Se não fosse assim, não teria sido necessário ter criado um modelo diferente de intermediar a transação de recursos financeiros como quem criou o modelo de cooperativa de crédito.
O que reflete aqui são as motivações para tais modelos. Se você se sente confortável com seu modelo de cliente, a tendência é melhorar sua forma de administrar seus recursos com esse perfil.
Mas se você acha que precisa mudar isso e ir além, existe um outro perfil que é o de sócio. Você pode até mesmo ser misto, ou seja, aderir aos dois perfis ao mesmo tempo. Só decida!