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Câncer de mama: Fragilidade Emocional da Mulher

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Quando há a confirmação do câncer de mama, a mulher passará por várias fases de conflitos internos, desde a negação da doença até a esperança de cura. O apoio psicológico irá auxiliar a paciente a obter mais conhecimento sobre o que está acontecendo com ela e seu organismo, favorecendo uma melhor compreensão do tratamento terapêutico.

Os medos e angústias certamente surgirão e podem interferir de maneira importante na resposta ao tratamento! A depressão e o isolamento social podem surgir como sintomas, e a paciente podem negar-se a submeter-se a qualquer tratamento, encarando a doença como um inimigo destruidor ou avalia-la como um castigo ou punição. Por esta razão, o acompanhamento interdisciplinar e especializado deverá ser promovido com dedicação e competência, transmitindo à mulher confiança e apoio físico e emocional, mostrando as possibilidades de cura, sua relação com a própria estética e que tudo isso pode ser vivido e superado.

A idade, o momento de Vida em que se encontra esta mulher, seus anseios, desejos e planejamentos pessoais e profissionais devem ser levados em consideração, para que a conduta clínica e psicoterapêutica sejam corretas e adequadamente direcionadas. O acolhimento da equipe médica, quando o diagnóstico é comunicado e posteriormente no efetivo tratamento, é essencial, pois a relação médico-paciente gera troca e confiança entre eles. Se isso não acontecer, poderá ocorrer um desgaste maior na mulher durante todo o processo de tratamento!

Parte importante é o apoio familiar, promovendo-se a inserção dos membros afetivos como verdadeiros parceiros na terapia como um todo! Esta participação favorece a aceitação da doença e a reabilitação, influenciando diretamente na melhoria da qualidade de Vida da mulher vítima do câncer.

A faixa etária em que a mulher se encontra ao ter o diagnóstico de câncer de mama faz muita diferença no impacto psicológico por ele causado. Descobrir a doença com 25 a 30 anos causará um impacto mais traumático, pois, geralmente, ela encontra-se em busca de uma união, construção de uma família, progressão da vida acadêmica. Esta condição de saúde irá afetar muito as questões sexuais, relacionamentos interpessoais, e autoestima. Uma mulher que se encontra em uma fase mais avançada da vida e já tenha vivenciado essas experiências também terá a sua sexualidade fragilizada, mas os laços de família desempenham papel fundamental, amenizando o peso e os traumas da doença.

Não podemos deixar de mencionar que o câncer de mama pode resultar na retirada de parte do corpo da mulher e que, em muitas culturas, desempenha função significativa uma vez que diz respeito à sua estética, fantasias e intimidade! Seguir vivendo e aceitar uma nova condição física e psicológica, muitas vezes tendo que se adaptar a uma nova imagem do seu corpo, exigirá dela um esforço muito grande para o qual, muitas vezes, não está preparada… Por isso, ela precisa muito de um apoio próximo, de alguém confiável para conversar, trocar experiências, desabafar suas ansiedades e seus medos – ouvidos que a ouçam, braços que a acolham, bocas repletas de palavras de ânimo e estímulo à Vida!

 

Maria Cristina J. M. Pedroso

Psicóloga – CRP 08/00994

Picture of Maria Cristina J. M. Pedroso - (in memoriam)

Maria Cristina J. M. Pedroso - (in memoriam)

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