Hypatia ( Alexandria, 350/70 d.C – 8 de março de 415) foi uma Neoplatonista grega e Filosofa do Egito, a primeira mulher documentada como sendo Matemática. Professora da Escola Platônica em Alexandria, também lecionava Filosofia e Astronomia.
Os conhecimentos e a genialidade de Hypatia de Alexandria a fizeram pagar um alto preço. Naquela época, o cristianismo estava em plena expansão, e por conta de sua defesa fervorosa ao livre pensamento, os ensinamentos Neoplatônicos, e sua observação de que o universo era regido pelas leis da matemática, levaram-na a ser vista pelos cristãos como pagã.
Sinopse: Em Alexandria, no ano de 391, Hypatia é professora de Astronomia e Matemática, além de Filosofa. Um de seus alunos Orestes, está apaixonado por ela, assim como Davus, seu escravo pessoal. À medida que o Cristianismo da cidade, chefiado por Ammonius e Cyril, ganha poder político, as grandes instituições de aprendizagem e administração podem não sobreviver. Hypatia não tem interesse na fé; está interessada no movimento dos corpos celestes e na irmandade de todos.
Intolerância religiosa e política é a essência desse filme. Dentro desse contexto está Hypatia. Uma mulher com suas próprias convicções que usava sua energia para seus estudos, crenças e sua incansável procura por respostas.
Apesar de despertar paixões em alguns de seus alunos, Hypatia recusava qualquer proposta de casamento ou de envolvimento amoroso. Sua energia parecia ser toda voltada aos seus estudos e questões matemáticas e astronômicas, embora a realidade religiosa e social de sua época tenha se atravessado em seu caminho.
Numa tarde de março de 415, quando regressava do Museu, Hypatia foi atacada em plena rua por uma multidão de cristãos enfurecidos. Ela foi golpeada, desnudada e arrastada pelas ruas da cidade até uma igreja. No interior do templo, foi cruelmente torturada até a morte, tendo o corpo dilacerado por pedras (ou cacos de cerâmica, segundo outra versão). Depois de morta, seu corpo foi lançado a uma fogueira.
Hypatia foi uma cientista genuína e, como mulher, ela foi certamente espantosa para o seu tempo.
Mesmo nos dias de hoje, o discurso radical e intolerante não desapareceu e ainda se faz presente. Usam argumentos nobres para mais uma vez, calar, censurar e até exterminar tudo aquilo que é tido como “diferente”, que dentro desta lógica se torna sinônimo de “perigoso” e por isso deveria ser proibido ou destruído. Os delírios radicalizantes da intolerância, sempre representam uma grave perda para a humanidade.
Fonte: Wiki
Cristina Figueredo
Amante de filmes