Várias empresas acreditam que a busca na excelência da qualidade significa somente ter alguma certificação, como por exemplo a ISO 9001, ou qualquer outra certificação.
Isso não é interpretado como errado, porém sugere uma “causa” errada, já que Excelência da Qualidade deve significar mais resultados e produtividade para a empresa, isso inclui os seus funcionários motivados, que acreditem na empresa e, então, os selos, prêmios e certificações serão uma consequência.
O momento histórico atual é caracterizado por frequentes e rápidas transformações de tecnologia e de equacionamento econômico demandando mobilização de mudanças nos indivíduos e nas instituições (Hutton & Giddens, 2004).
O desempenho profissional nessas condições faz com que o indivíduo administre a sua vida profissional, ou seja, a trabalhar arduamente na reposição de si mesmo, uma vez que as referências ao seu redor, através das quais ele atribui sentido e valor para si mesmo, estão em constante alteração.
Nesse sentido, as competências para a administração de sua identidade, torna-se uma condição fundamental para a sua sobrevivência profissional.
Em outras palavras, a administração da própria identidade, como esforço de ajustamento do vínculo com o trabalho e de reconstrução de sua trajetória é um sinal de eficácia para a excelência da qualidade.
O termo resiliência no contexto do trabalho nas organizações refere-se à existência – ou à construção – de recursos adaptativos, de forma a preservar a relação saudável entre o ser humano e seu trabalho em um ambiente em transformação, permeado por inúmeras formas de mudanças e contextos.
Nas ciências humanas aplicam esse termo para interpretar a capacidade de um indivíduo em manter uma conduta sã num ambiente insano, ou seja, a capacidade do indivíduo de sobrepor-se e construir-se positivamente frente às adversidades.
Essa qualidade, que faz de nós pessoas muito especiais, pode ser desenvolvida.
A palavra tem sonoridade estranha e significado pouco conhecido, mas pode fazer a diferença na sua vida, e mais, na sua empresa.
O resiliente não se abate assim tão fácil, não culpa os outros pelos seus fracassos e tem um humor surpreendente. Para completar, ele age com ética e dispõe de uma energia espantosa para trabalhar e lutar pelos seus objetivos.
Até os anos 1990, os estudiosos defendiam que a habilidade para administrar conflitos era inata, como um dom.
A partir daí, comprovaram que o homem pode, sim, desenvolver a capacidade de se recuperar e de crescer em meio a sucessivos problemas.
Vivemos em uma época de muitas pressões e cobranças. A competitividade do mercado de trabalho, a sobrecarga de tarefas, a preocupação com segurança e com o desemprego nos tornam estressados demais, e deixam em nós uma sensação de permanente tensão e desespero.
Se sentir mal no tempo e no espaço não é mais privilégio de nenhum astronauta.
Profissionais estão sendo forçados a se adaptarem a um ambiente de exacerbada competição, a dominar informações em intervalos de tempo cada vez mais curtos.
Saber se adaptar e reajustar confortavelmente, reagir de forma inteligente às pressões e pressentir e antecipar acontecimentos, é objetivo primordial dos programas de desenvolvimento da Resiliência, como uma das competências mais valorizadas nos dias atuais.
A progressão vertical acabou, não há mais escadas. A progressão linear é passada. Não é mais assim que as carreiras funcionam.
Hoje as carreiras profissionais são como um tabuleiro de xadrez, repletas de possíveis jogadas, seja para os lados, para a frente, na diagonal, o que fizer mais sentido naquele momento.
Uma trajetória profissional é um portfólio de projetos que ensinam novas habilidades, lhe conferem novos conhecimentos especializados, aumentam seu rol de colegas e, constantemente, reinventam VOCÊ.
Os indivíduos resilientes têm sido descritos como possuidores de uma inteligência emocional ativa, otimistas, confiantes, pessoas com força de ego, perseverança, flexibilidade e habilidade para resolver problemas.
A resiliência consiste no equilíbrio entre a tensão e a habilidade de lutar, de atingir outro nível de consciência, que nos traz uma mudança de comportamento e a capacidade de lidar com os obstáculos da vida profissional.
A natureza otimista, frequentemente associada à resiliência pelo senso comum, possibilita ao indivíduo transcender a posição de vítima das circunstâncias exteriores e, de alguma forma, “extrair lições” dos acontecimentos e situações de crises advindas do exterior.
Tendo a consciência do seu profissionalismo, que independente da situação adversa deve ser priorizado a excelência da qualidade.
E para isso se faz necessários capacitações, diálogos, com a sua equipe para que a estratégia resiliente se faça eficaz, promovendo um ambiente de união, respeito, e acima de tudo de excelência.
A metamorfose nas relações da pessoa com o ambiente de trabalho, em curso nas últimas décadas, aponta para a necessidade de flexibilidade e plasticidade por parte dos sujeitos organizacionais.
A incorporação do conceito de resiliência nesse campo de estudos pode contribuir para o entendimento desses novos processos de adaptação.
E com certeza, uma estratégia eficiente e eficaz para todas as organizações que buscam a Excelência da Qualidade.