A real do Dia das Mães: Coisas um pouco ácidas sobre a maternidade!

A real do Dia das Mães e da Maternidade. Esse texto é para as fortes! Porque eu vou falar aqui sobre coisas um pouco ácidas sobre esse dia tão bonito!

Parece até fora de propósito, inadequado. Enquanto todo mundo só festeja, fala sobre as maravilhas da maternidade e posta fotos fofas de mães sorridentes com crianças lindas e limpinhas, eu, anuncio desde o início que vou falar de coisas ácidas.

A maternidade tem sim a sua beleza! Isso para mim é indiscutível. Ainda mais depois de ter me tornado mãe, a pouco mais de 4 anos.

Só que por mais que já estejamos em 2018 e todas as nossas relações serem tão liberais, ainda sim falamos bem pouco sobre “a real” da maternidade. A começar pelo início de tudo: a gestação.

Esperar uma criança… É tudo tão sublime, tão abençoado, tão especial, que nem ao menos, nós, mulheres, nos permitimos reconhecer que pode ser (e para várias de nós é!) uma experiência difícil, desconfortável, muito diferente de todo aquele sonho inatingível que tínhamos na cabeça.

Aí aquele serzinho lindo nasce! Que maravilha! Mas, de repente: não somos mais o centro das atenções. Sua majestade, o bebê, é quem impera. Há mulheres que ainda sentem uma falta danada daquela barriga que não existe mais.

O bebê, quando muito bonzinho, colabora. Mas a maioria deles é insatisfeita como só. Bonzinhos ou mais difíceis, fato é que receber um recém-nascido é sempre uma aventura! Tudo muda. A rotina da casa se transforma.

O primeiro ano da vida de uma criança é uma epopeia! Será que ele vai viver? Será que está bem? Mas ele não mama… não come! Está se desenvolvendo bem?

Mas toda mulher já nasce mãe! Quem nunca ouviu essa insanidade?

Querem que a gente saiba perfeitamente como dar à luz, dar o peito, ficar tranquila e manter a harmonia do lar porque senão a criança sente, não é mesmo?!

Mas mesmo a mais equilibrada das mulheres, sobretudo quando se trata de um primeiro filho quer mesmo é gritar, dizer para todo mundo que ser mãe não é nada daquilo que ela sempre pensou.

É cansaço demais, sono demais, estresse demais!

Contudo, como tudo na vida passa, o período mais crítico também vai passando. Fica em algum lugar da memória, está sempre com você, mas às vezes, esquecido.

As crianças crescem e a gente vai se acostumando, aprendendo e amando a realidade da maternidade.

Uma maternidade que tantas e tantas vezes é muito, muitíssimo diferente dos nossos sonhos.

A maternidade “na real” é uma experiência, inexplicavelmente maravilhosa, divina, sublime, abençoada. É quase um ato de loucura: amamos seres que muito rapidamente não nos colocam mais no centro de suas vidas, mas a gente continua a amá-los e mesmo que eles cresçam vão ser “meninos” para nós.

Nossos filhos, de sangue ou de coração, vão ser sempre nossos. Por mais que saibamos que criamos eles para o mundo, para a vida.

Mães são seres especiais! Carregam consigo o dom de amar. Despertam no dia a dia a capacidade de criar mesmo que não tenha sido apreendida anteriormente.

Quando nasce um bebê, uma mulher, mesmo com tantas dificuldades, vai aprendendo a ser mãe. O aprendizado nunca acaba. E isso é divino, é especial, é fantástico!

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