Como a pandemia intensificou a fome em um país já desesperado
Acolher Moçambique é o projeto pioneiro da organização humanitária Fraternidade Sem Fronteiras, fundada em novembro de 2009 por Wagner Moura Gomes e seus amigos mais próximos depois de uma viagem feita ao país africano.
O projeto Acolher Moçambique tem enfrentado desde o começo da pandemia por COVID19 grandes ajustes na quantidade e distribuição de alimentos oferecidos às crianças acolhidas que, inicialmente, contavam 11 mil, mas que hoje já chegam a 14 mil.
Segundo Laureance Schimidt, assessora de imprensa da Fraternidade Sem Fronteiras, os centros de acolhimento tiveram que ser fechados e o preparo das refeições suspenso, como prevenção ao contágio do Coronavírus. Os alimentos (arroz e feijão) passaram a ser distribuídos crus e em cestas básicas.
A movimentação da entrega fez com que muitas famílias, não cadastradas no projeto, buscassem os centros para tentar levar comida para casa e, como alternativa para que mais pessoas tenham o que comer, os alimentos foram racionados.
“Muitos ainda ficam sem receber o alimento porque não temos como oferecer a todos. É um grande desafio”, esclarece Alan Xavier, coordenador do projeto. “Além de administrar a procura pelos alimentos, a coordenação do projeto também precisa fazer cálculos para ajustar o orçamento; dólar alto, aumento do preço dos alimentos, 15% de imposto pago ao governo moçambicano entre outros.”
Ou seja, estamos diante de uma situação crítica que exige união e altruísmo de quantas pessoas puderem ajudar, pois é através do apadrinhamento que a transformação começa para inúmeras famílias.
“O impacto nos locais onde a Fraternidade está é muito significativo. É um avanço da escassez extrema à educação em nível superior, tudo fruto de uma simples ação que começa no ‘prato de comida’, materializado pelo apadrinhamento, e que hoje já proporciona que crianças que precisavam trabalhar em troca de alimento, estejam na universidade”, afirma Wagner.
Nas aldeias moçambicanas, a Fraternidade sem Fronteiras acolhe crianças que viviam na extrema miséria, a maioria delas órfãs de pais mortos pelo HIV.
Nos 30 centros de acolhimento mantidos e administrados pela organização humanitária, o ambiente é de incentivo à vivência fraterna, com alimentação, cuidados com a saúde, orientação à higiene, atividades pedagógicas, recreativas e culturais.
A Fraternidade Sem Fronteiras atua também em outros projetos, como o Projeto Microcefalia: um trabalho que une ciência e amor, em Campina Grande, na Paraíba.
As crianças recebem o tratamento que precisam no Centro de Atendimento Integral das crianças com microcefalia, do Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto.
Existe também o Projeto Fraternidade na Rua que atua de forma expansiva na criação, manutenção e ampliação de diversas frentes de trabalho na transformação de pessoas em situação de rua no Brasil.
Sem falar do Projeto Retratos de Esperança que atua no sertão e demais regiões em extrema pobreza na Bahia, oferecendo doações pontuais, e proporcionando atendimento em diversas áreas, aulas de reforço escolar, arte e música;
Esses são só alguns dos dez projetos em que a Fraternidade Sem Fronteiras está atualmente atuando, seja em território brasileiro que africano.
Todos os trabalhos são mantidos por meio de doações e principalmente pelo apadrinhamento. Com R$ 50 mensais é possível contribuir com um projeto e fazer a diferença na vida de muitas pessoas.
Agora cabe a nós a escolha de querer ser aquele anjo da guarda anônimo com aquilo que para a nossa vida pode representar tão pouco, ou simplesmente manter essas pessoas necessitadas invisíveis aos nossos olhos e ao nosso coração.
Acolher Moçambique precisa de você!
Clique na imagem abaixo para fazer sua doação avulsa – Acolher Moçambique
Mais informações podem ser obtidas pelo site www.fraternidadesemfronteiras.org.br