O frio realçando o sabor da fruta
As pequenas frutas nos Campos de Cima da Serra gaúcha têm sua produção favorecida pelo clima frio, inverno bastante rigoroso.
As horas de frio são fundamentais para o desenvolvimento e o sabor de determinadas frutas.
A região de Vacaria (no Nordeste do Rio Grande do Sul) foi uma das pioneiras no cultivo da maçã, desde os idos da década de setenta e até hoje tem destaque nacional na produção e comercialização desse setor.
Mas a economia do município não se acomodou.
O Agronegócio, pilar da economia local e pioneiro em muitas práticas agrossilvopastoris e agroindustriais, vêm inovando e apostando em outros mercados de frutas: as pequenas frutas.
Pequenas frutas pelo porte delicado do produto, mas com enorme potencial econômico e de sabor inigualável.
As pequenas frutas que referimos são Amora, Framboesa, Mirtilo, Morango e Phisalys, como uma nova alternativa para os produtores rurais da região.
A fruticultura é uma das atividades que mais aglutina mão de obra, nas diversas atividades inerentes ao pomar, como podas, desbastes, raleio e colheita. Dentre as várias opções de espécies frutíferas com boas perspectivas de comercialização, surgem às pequenas frutas como um grupo dos mais promissores. (PIO, R.; CHAGAS, E. A. XX Congresso Brasileiro de Fruticultura- Vitória-ES.
Cultivo de pequenas frutas vermelhas e frutas de caroço em regiões tropicais/ Rafael Pio, Edvan Alves Chagas. Vitória, ES: Incaper, 2008. 28p.).
A economia agrícola amparada na inovação e coragem dos produtores fomenta a união dos setores ligados ao rural e agroindustrial. E, as pequenas frutas, aparecem no agronegócio para chancelar essa inciativa e colocar no mercado interno e externo, novas alternativas econômicas e de valor agregado à produção primária.
O mercado alvo são as grandes redes de supermercados.
E, mais, o mercado europeu.
A segurança na comercialização está na dependência da qualidade, variedade das frutas produzidas e das exigências e preferências do consumidor.
Mas, o que o consumidor quer?
Em uma análise rápida e superficial, sem adentrar nas diversas possibilidades que o produto pode ser apresentado ao mercado final, o consumidor quer fruta de qualidade e preferencialmente in natura (fruta fresca), sem passar muito tempo entre os processos de armazenamento em câmaras frias e logísticas de distribuição e comercialização que possam comprometer o sabor original.
As pequenas frutas são uma das novas estrelas do agronegócio brasileiro.
Há que se primar pela qualidade e boas práticas agrícolas, visando agregar maior valor ao setor.
Os investimentos em tecnologias de armazenagem proporcionam uma durabilidade maior e preservam as características originais e nutricionais dos produtos, outro ponto a ser explorado pelos produtores com vistas à valorização do setor: conhecer e divulgar as qualidades funcionais e, assim, apostar no aumento do consumo de pequenas frutas.