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Cães e gatos, diferentes quanto a espécie, porém semelhantes no afeto

O afeto transcende e unifica as diferenças que existem entre cães e gatos.

Diferentes eles são sim. Não há como negar. Mas, o afeto é o ingrediente que nós humanos reconhecemos e valorizamos no convívio com cães e gatos e que os torna tão adoráveis e encantadores.

A começar pela família a que pertencem, Canideos e Felideos são diferentes. Mas em comum, são mamíferos da ordem dos carnívoros.

Na família canina encontramos o cachorro, o lobo, o coiote, o chacal, a raposa dentre outros.

Já na família dos Felideos temos os Pantherinae, que inclui tigres, leões, leopardos, onças pintadas, e os Felinae, onde estão os guepardos, linces, jaguatiricas e os nossos gatos domésticos.

Fenotipicamente, ou seja, as características físicas de caninos e felinos são bem distintas, assim como seus hábitos sociais e alimentares.

Embora sejam carnívoros na classificação, os cães são oportunistas. Isto quer dizer que se comportam de acordo com as ofertas do ambiente.

Sendo assim, são considerados onívoros. Seu trato gastrointestinal é adaptado a metabolizar uma variedade grande de alimentos.

Em geral são gregários, organizando sua sociedade em matilhas. Você tutor, saiba que a sua família é identificada pelo seu cão como a matilha a qual ele pertence, e um dos humanos é visto sempre como seu líder.

Já os felinos são considerados carnívoros estritos. Seu hábito alimentar é bem exigente pois na natureza são caçadores, e se alimentam de suas presas.

Os gatos necessitam de um aminoácido essencial, a taurina, que está presente no tecido animal (carne).

Diferentemente dos cães, os gatos não conseguem produzir a quantidade necessária de taurina. Este aminoácido é responsável pelo bom funcionamento do coração, visão, sistema digestivo e reprodutor dos gatos.

Excetuando os leões que vivem em bando, os demais felinos são solitários.

Talvez este comportamento seja oriundo do seu hábito alimentar, onde se empreende grande esforço para a caça, e dividir o premio às vezes pode não ser um bom negócio.

Esclarecendo ainda sobre a natureza do gato de ser solitário, John Bradshaw, autor do best seller “Sentido de gato, o enigma felino revelado” diz:

“Ele descende de um felino territorial e solitário que aceitou a coexistência com outros gatos e ainda está se adaptando à vida de animal de estimação”.

Ser solitário não significa insensibilidade ou pouco interesse pelos tutores, ao contrário, se soubermos respeitar e entender esta característica, desfrutaremos da confiança e do amor inesgotável dos nossos gatos.

Gatos são selvagens, no melhor sentido da palavra. Eles enxergam a casa como seu território e como tal, estão sempre atentos a tudo que acontece.

Visitas, barulhos, mobiliário e tudo que motive seus olhos e olfato ultra eficientes. Estimular brincadeiras que remetam ao comportamento de caçador, torna seu filho gato mais feliz, ágil e ativo.

Quem tem um gato e nunca recebeu “um presentinho” como uma lagartixa, barata, borboleta, passarinho? Quando tem oportunidade, a eficiência deles é insuperável. E assustadora para muitos!

Tive uma cliente que a gatinha tinha acesso à rua e toda noite ela trazia para sua tutora pés de meia. Sim!! Ela “caçava” pela vizinhança pés de meia, infantis especificamente. Não era pequena a coleção que foi se formando.

Claro que a posse responsável alerta para a necessidade de telas que impeçam a saída dos gatos para a rua, mas este caso foi marcante pelo ineditismo da “presa”.

Cão ou gato, cão e gato, só cães, só gatos, pouco importa quais serão seus filhos não humanos. Esteja certo, entretanto, que sempre enriqueceremos nossas vidas quando partilhamos do caminho com eles. Para o amor, basta amar.

Seres extraordinários que fazem a nossa vida mais alegre e iluminada.
Agradeço aos meus por terem me adotado.

O amor transcende a espécie, para o amor, basta amar.

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Suraia Aissami

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