Quais interferências ocorrem no treino e como extrair o melhor proveito para um bom rendimento?
Ciclo menstrual, é composto de fases, sendo que para o Educador Físico, ter o conhecimento de cada uma delas é necessário, pois influenciam na prática de exercícios, podendo alterar a disposição e humor de suas alunas.
Vamos conhecê-las?
O ciclo menstrual, dura em média 28 dias, e divide-se em 2 fases:
Folicular – caracteriza-se pela produção dos hormônios FSH (folículo estimulante) e LH (luteinizante) e pelo pico de liberação de estrógeno (fase em que estamos mais confiante).
Lútea – caracteriza-se pelo pico de progesterona, acompanhado por uma concentração de estrógeno, seguidos de uma queda significativa destes 2 hormônios, caso não haja fecundação, resultando em um novo ciclo menstrual.
Apesar das evidências da atuação dos hormônios nas variações de humor, disposição e concentração da mulher, segundo o médico ginecologista Eliezer Berenstein, (Pós-graduado em Sexualidade Humana), quanto mais nos conhecermos, maior será nossa consciência da “manipulação bioquímica” deles sobre nós, identificando a participação de cada um no desempenho físico.
TPM – Tensão Pré-Menstrual
Inicia-se até 2 semanas antes da menstruação (Fase Ovulatória), influenciada pela progesterona que leva à diminuição do nível de serotonina (substância de efeito calmante associada ao bem-estar), tendo o estrógeno como coadjuvante, já que o mesmo aumenta os níveis de prolactina (substância que indica o nível de estresse), justificando as alterações emocionais e de humor, levando-nos a comer mais para aplacar tanto a irritabilidade como a tristeza.
Esse momento requer alguns cuidados quanto a alimentação e o volume e intensidade dos exercícios realizados.
Comprovou-se que mulheres que treinam com regularidade, queixam-se menos dos distúrbios que as acometem neste período (enxaqueca, cólica, edemas, cansaço, irritabilidade, tristeza…), promovendo a melhora da autoestima, alívio do estresse e diminuição da depressão, funcionando assim como um antídoto.
Um estudo da Universidade British Columbia, no Canadá, mostrou a eficiência dos exercícios físicos, principalmente de predominância aeróbia (exemplo: caminhada), na redução dos edemas, enxaquecas, cólicas e depressão após 6 meses de prática regular.
Sendo a explicação, o aumento da taxa metabólica e da circulação sanguínea, melhorando o transporte de oxigênio e nutrientes essenciais ao corpo.
Independentemente da atuação dos hormônios, ao praticar uma atividade física, a mesma requer o acompanhamento de um profissional de educação física habilitado.
Ele levará em consideração a individualidade biológica e perfil de cada aluna, assim como a modalidade esportiva a ser realizada, adaptando o volume e intensidade do treino para cada fase do ciclo, para que o mesmo seja seguro e efetivo.
Sabendo o quanto os hormônios ou a falta deles mexem conosco, darei continuidade ao assunto, falando sobre: Menopausa e Atividade Física.
Somos únicas, e assim devemos ser cuidadas!
Não percam!
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