Exercício Físico e Diabetes, Mitos e Verdades
Diabetes Mellitus é uma doença antiga e muito estudada devido a sua complexidade, um dos motivos que dificulta seu entendimento.
É necessário antes, ter a consciência de que trabalhar com o diabetes na prescrição do exercício requer uma série de diagnósticos clínicos, consciência das características e implicações fisiológicas e fisiopatológicas e interação com outras doenças (Obesidade, Hipertensão Arterial, Doenças Coronarianas), levando a Síndrome Metabólica.
É uma das doenças que mais acomete a população mundial e brasileira, onde cerca de 10 a 15% da população sofre ou trata diabetes.
O exercício físico é importante antes do diagnóstico, durante o tratamento e pós-tratamento, mas, uma vez diagnosticado, não mais deixo de ser diabético por tratar-se de uma doença crônica multifatorial, principalmente relacionada à elevação da glicemia (Hiperglicemia em Jejum caracterizada por distúrbios funcionais.
Tipos:
Diabetes Mellitus 1 – DM1 – Insulina Dependente
Causado pela destruição autoimune das células B das ilhotas pancreáticas, resultando na deficiência da insulina que desregula a ação anabólica (síntese) e catabólica (degradação).
Entre os caucasianos norte americano, é a segunda doença crônica mais comum na infância.
Diabetes Mellitus 2 – DM2 – Não Insulina Dependente
Causada pela obesidade (aumento da resistência à insulina, sedentarismo, história família positiva.
Corresponde a mais de 90% do total de casos, sendo de 8 a 10 vezes mais comum que o Diabetes Mellitus 1 – DM1, ocorrendo em pessoas acima dos 40 anos, principalmente relacionado a obesidade.
Há uma contínua produção de insulina pelo pâncreas, mas sua absorção pelas células musculares e adiposas é ineficiente, o que resulta na resistência à insulina.
O controle rigoroso da glicemia, evita em 35 a 75% complicações como: aterosclerose, neuropatia periférica, doença renal, catarata ou retinopatia.
Cuidados na prescrição
A Sociedade Médica de Metabologia e Endocrinologia considera a Atividade Física como tratamento não medicamentoso essencial para o indivíduo diabético junto com uma dieta alimentar orientada pelos profissionais da área.
O Diabetes Mellitus 1 – DM1 quando bem controlado, tem os mesmos benefícios em relação ao treinamento para o indivíduo não diabético; já o Diabetes Mellitus 2 – DM2 é muito mais complicado devido suas peculiaridades, com controle e cuidado maior.
Por ser mais complexo, independe do controle glicêmico regular pré treino, que se estiver entre 80 a 100 mmHg, requer consumo de carboidrato (CHO) e se maior que 250 mmHg, adiar até que normalize.
Não existe treino pronto, “receita de bolo”, cada indivíduo requer uma prescrição personalizada, tratando-se de diabético, o cuidado deverá ser ainda maior.
Benefícios do exercício físico
- Os benefícios abrangem aspectos fisiológicos, psicológicos e sociais a curto, médio e longo prazo.
- Melhora do perfil lipídico (redução de peso) e do índice glicêmico (Apenas em alguns);
- Aumento do gasto energético e massa magra;
- Redução de riscos cardiovasculares, entre eles, redução da PA (pressão Arterial);
- Melhora da Qualidade de Vida.
Considerações finais
A prescrição de exercícios ideal é em forma de circuito, com 6 a 8 estações, frequência mínima 3 vezes por semana, alternando treino cárdio com treino de força, resultando na melhora da sensibilidade à insulina; metabolismo lipoprotéico mais eficiente, aumentando a massa magra.
Matéria completa na Live realizada pelo YouTube no último dia 2 de fevereiro de 2021 pelo canal da Revista aEmpreendedora com o tema: Exercício Físico e Diabetes, Mitos e Verdades.
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