O que significa saúde, e como eu cuido da minha?
Inicio com essas questões para refletir sobre as representações que cada um de nós temos sobre saúde, porque são elas que favorecem a obtenção da “verdadeira saúde” ou da “saúde aparente”. 1
O estilo de vida “empreendida por uma pessoa refere-se ao comportamento de saúde, com o propósito de promover, proteger ou manter a própria saúde”. 2 Portanto, a compreensão dos fatores de riscos e as causalidades exigem “atenção” para ações preventivas no cotidiano. 3
As diferenças do estado de saúde podem ser identificadas por algumas características sociais, “tais como: riqueza, educação, ocupação, raça e etnia, gênero e condições do local de moradia ou trabalho”. 4 Nessa perspectiva identificar as características dos grupos aos quais pertencemos é fundamental. Por exemplo: as necessidades de corpo masculino são diferentes do corpo feminino.
Imagine agora nesses dois grupos outras necessidades que estão associados a classe econômica (poder aquisitivo), faixa etária, cor da pele entre outras diferenças.
Saúde ou Comportamentos Saudáveis
No Brasil, o termo comportamentos saudáveis têm sido utilizados em estudo pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), como comportamentos de “não fumar, consumo não abusivo de álcool, prática de atividade física regular no lazer e consumo recomendado de frutas e hortaliças”. 5
A saúde de uma pessoa está associada aos hábitos alimentares e a frequência com que prática exercícios físicos, 6-7
O baixo consumo de frutas e verduras é responsável por cerca de 31% das isquemias cardíacas e 11% dos acidentes cardiovasculares no mundo.
A Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC) da Organização Mundial de Saúde (OMS), estima que a proporção de “câncer prevenível” é de 5-12% por conta do baixo consumo de frutas e verduras, chegando a 20-30% para os todos os casos de câncer gastrointestinal. 8
A prática de exercício físico tem sido considerada um dos fatores de proteção à saúde na sociedade atual. A OMS recomenda atenção sobre a relação existente entre frequência, duração, intensidade, tipo e quantidade da atividade física para prevenir as doenças.
A inatividade física junto com o uso excessivo da tecnologia (celular, PC, televisão e outros meios) podem associar em fatores de riscos para o adoecimento, apontados nos resultados de muitas pesquisas sobre o perfil da população. 9-10
E aí, Vamos cuidar da nossa saúde?
Referências Bibliográficas
- Okada M. A verdade sobre saúde. Alicerce do Paraíso, Vol 3. 1950.
- Health Promotion Glossary. Geneva: World Health Organization, 1998.
- Ministério da Saúde (BR). Manual de direito sanitário com enfoque na vigilância em saúde. Brasília: MS; 2006.
- Barata RB. Como e por que as desigualdades sociais fazem mal à saúde [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2009. Temas em Saúde collection. 120 p. ISBN 978-85-7541-391-3.
- Camelo LV, Figueiredo RC, Oliveira-Campos M, Giatti l, Barreto MS. Comportamentos saudáveis e escolaridade no Brasil: tendência temporal de 2008 a 2013. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2016, vol.21.
- Ministério da SAÚDE (BR). Secretaria de Políticas de Saúde. Política Nacional de Alimentação e Nutrição do Setor Saúde. Rev. Saúde Pública [online]. 2000, vol.34, n.1.
- Barreto SM, Passos VMA, Giatti l. Comportamento saudável entre adultos jovens no Brasil. Revista Saúde Pública. 2009; 43 (Supl 2).
- The world health report 2002. Geneva, World Health Organization.
- Global recommendations on physical activity for health. Geneva: World Health Organization, 2010.
- Meneguci J, Santos DAT, Silva RB, Santos RG, Sasaki JE, Tribess S, Damião R, Virtuoso-Júnior JS. Comportamento sedentário: conceito, implicações fisiológicas e os procedimentos de avaliação Motricidade. Edições Desafio Singular 2015, vol. 11.