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Espumantes

Espumantes e as borbulhas que conquistam o paladar!

Os métodos de produção que criam explosões de sabores!

Espumantes são bebidas que conquistaram o mundo, tanto na produção para consumo interno no país de origem como para exportação.

Difícil encontrar um país hoje que não produza vinhos com borbulhas!

Todo espumante é produzido através de um vinho base, ou seja, de um mosto (suco de polpa e cascas de uvas esmagadas) fermentado para virar um vinho tranquilo, sem bolhas.

Existem várias técnicas para gerar bolhas nesses vinhos e transformá-los em espumantes, mas falarei apenas dos quatro principais e mais comuns encontrados nos espumantes que compramos nos mercados, empórios e lojas de vinhos.

1 – Método Tradicional

Também conhecido como método Champenoise, essa técnica é responsável pela produção de alguns dos espumantes mais famosos do mundo, o Champagne.

Esse método consiste em uma segunda fermentação do vinho básico, porém, dentro da própria garrafa que o vinho será comercializado.

Após a primeira fermentação do mosto, uma mistura de leveduras e açúcares é acrescida no vinho e este é engarrafado em seguida.

Essa mistura causa uma segunda fermentação do vinho dentro da garrafa já lacrada, onde as leveduras se quebram (autólise) gerando borras e o vinho pode ficar em contato com essas borras por tempos prolongados, de acordo com a intenção de sabores e aromas que o enólogo pretende aportar para esse vinho.

Quando o enólogo ou a legislação vigente em determinados países disser que o processo de maturação desse vinho está concluído, as borras são direcionadas para o gargalo da garrafa por um processo chamado de remuage, onde o gargalo é congelado e logo após as borras serão retiradas por um processo chamado desgorjamento e as borras são retiradas da garrafa.

Após a extração das borras a garrafa é completada com uma mistura de vinho e açúcar, arrolhada, rotulada e distribuída para os pontos de comercialização.

Uma curiosidade: ¨Método Champenoise¨ só pode ser utilizada para espumantes elaborados na região de Champagne na França, para todos os outros espumantes do mundo produzidos por esse mesmo método deve-se utilizar ¨método tradicional¨.

2 – Método de Transferência

Essa técnica é a que mais se aproxima do método tradicional, porém evita a demora no processo de desgorjamento.

A segunda fermentação desses espumantes é feita em garrafas e o espumante descansa sobre as borras, assim como no método tradicional, mas na hora do desgorjamento, todas as garrafas são abertas e seu conteúdo, inclusive as borras são colocadas em um tanque pressurizado, então o vinho é filtrado e envasado em garrafas novas.

Apesar de não ser um método muito utilizado, vários países praticam essa técnica para diminuírem os custos e o tempo de produção para proporcionar ao cliente um produto de qualidade com um preço mais acessível.

3 – Método de Tanques

Esse método também é conhecido como Cuve Close ou método Charmat.

Diferente do método tradicional, os espumantes produzidos por esse método têm a segunda fermentação dentro de tanques pressurizados de aço inox.

São considerados vinhos mais simples que os vinhos produzidos pelo método tradicional, mantendo, principalmente as características das castas que são produzidas.

Esse método tem algumas variações de produção e é responsável pela produção de ótimos vinhos Italianos como o Processo, Asti, Moscato d`Asti, o Alemão Sekt e diversos outros ao redor do mundo,

4 – Gaseificação

Esse método é o mais simples e de menor custo, produzindo os espumantes de qualidade inferior.

Esse espumante é produzido através da injeção de gás carbônico no vinho e o vinho é engarrafa sobre pressão.

Castas para Espumantes

Diversas castas podem produzir bons espumantes, porém, dependendo do país, apenas algumas castas são permitidas.

Em Champagne, por exemplo, as uvas permitidas pela legislação do país são: Chardonnay, Pinot Noir e Meunier.

Já os espumantes Cava, espumantes de método tradicional produzidos na Espanha, são produzidos pelas castas locais como Macabeo(Viura), Parellada e Xarel-lo.

No restante no mundo, vinhos espumantes podem ser elaborados pelo método tradicional, porém os países não estipulam castas específicas, ficando a critério do enólogo qual casta utilizar.

Na Itália, os famosos e refrescantes Prossecos, só podem ser produzidos na região do Vêneto e com a uva Glera.

O Asti, produzidos exclusivamente em Piemonte na Itália, são elaborados com a uva Moscatel.

No restante do mundo, a criatividade e expertise do enólogo vão fazer a mágica acontecer, variando castas e métodos de produção.

Classificação dos Espumantes quanto ao Dulçor

Os Espumantes são classificados pela quantidade de açúcar por litro.

A nomenclatura permite que o consumidor defina o tipo de espumante que quer consumir e o tipo de harmonização.

Veja a tabela abaixo a nomenclatura e teor de açúcar de cada estilo:

Nomenclatura e teor de açúcar – gramas por litro

Harmonização

Espumantes harmonizam com festas e comemorações!

Os com menos teor de açúcar são ótimos acompanhantes de aperitivos, frutos do mar, comidas leves e até feijoada, pois ajudam a limpar o paladar e aumentar a experiência gastronômica.

Já os espumantes com teores mais elevados de açúcar vão ficar incríveis com sua sobremesa.

Prove! Experimente! Se arrisque! E venha me contar como foi!

Quer saber qual comprar e onde? Me chame nas redes sociais!

Te aguardo na próxima viagem ao universo do vinho.

Sugestões são sempre bem-vindas e até a próxima matéria!

Gratidão

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Roberta Knudsen

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