A responsabilidade da mulher é ficar dentro de casa. Cozinhando, cuidando dos filhos, limpando, satisfazendo seu marido, e ficar sempre linda, com um sorriso contagiante.
Certo? Claro que não. As mulheres eram assim em boa parte da história, mas agora são independentes e ainda mais fortes. Estão sempre em busca do que é delas por direito: o reconhecimento, seja ele em competições, realizações, no trabalho e feitos.
Elas não querem apenas um aperto de mão e muito menos medalhas de consolação. Querem ser protagonistas da sua conquista.
No entanto, para as primeiras mulheres que enfrentaram desafios sem o apoio de ninguém, deve ter sido uma tarefa difícil, e acredito que com Carlota Pereira de Queirós não foi diferente.
Paulista, foi médica, escritora, pedagoga, só que mais do que isso, foi a primeira mulher brasileira a votar e ter uma voz feminina no Congresso Nacional, quando foi eleita como deputada federal, participou trabalhos na Assembleia Nacional Constituinte, entre 1934 e 1935.
Durante todo o seu mandato, lutou em defesa da mulher e das crianças, dedicando a melhorias educacionais para tratamento às mulheres. Ocupou seu cargo até o golpe de 1937, quando Getúlio Vargas fechou o Congresso.
Ela morreu com 90 anos, mas sua história inspira tanto que deu origem ao prêmio “Diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós”, realizado na Câmara dos Deputados. A homenagem gratifica mulheres que batalham pelo exercício da democracia, da mulher e gênero.
Mas desde 2009 que não há essa premiação.
Em uma sessão deliberativa da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher (CMULHER), em junho, os 11 parlamentares presentes aprovaram a volta do prêmio;
Funciona assim: os deputados federais devem indicar os nomes até a próxima semana, no dia 31 de agosto. A entrega da premiação está agendada para 1º de dezembro deste ano, em uma sessão solene no Plenário da Câmara dos Deputados. Somam-se hoje 25 mulheres premiadas.
Por que premiar uma mulher?
Não é apenas um prêmio, é um símbolo de conquista da construção de igualdade de gênero. E se for analisar, hoje poucas são apoiadas.
Insistem que no conceito de sexo frágil? Por carregar uma criança na barriga, amamentar, sentir cólica, explodir nos picos dos hormônios, menstruar? Se sentem ameaçados? Ainda não se sabe.
O fato é que atitudes que desequilibram a ordem de igualdade devem ser deixadas de lado.
Um tema que está sendo discutido abertamente em redes sociais, é que mulheres estão ganhando menos nos prêmios pagos dos esportes.
E isso não deve ser permitido em lugar nenhum! Principalmente na política, onde o número de senadoras e deputadas estão em minoria.
E se no Poder tem poucas representantes mulheres, poucas serão as vozes femininas em combate.
Por ora, incentivos como os prêmios são essenciais para o exercício de cidadania das mulheres, porque isso permite o encorajamento de outras mulheres, que têm o mesmo sonho, de conseguir a coragem de concretizar sua realização sem medo.