Muito mais que uma prisão física, uma prisão de liberdade de vida
Mulheres atrás das grades: Reflexões sobre a prisão invisível que silenciosamente aprisiona a mente, o coração e a esperança.
… Como você se sentiria: aquela mulher com os olhos espremidos pelo choro e desespero, com mão trêmulas, frias e com as poucas forças que ainda lhe restam, segura às suas mãos (parece já estar sem vida).
Outra parece não ter mais lágrimas para chorar, vida para viver, morta por dentro e se acabando por fora. Com um olhar de muita angústia, refletindo o sofrimento já vivido.
São experiências “desumanas”, mas reais. Difícil de compreender.
Mulheres atrás das grades. As grades, o cimento, o frio, a solidão, o pouco caso e tantos outros fatores, colaboram para que muitas mulheres percam o interesse de viver.
Vivemos em um mundo em que: julgar, apontar, acusar, condenar, excluir, parece ser prazeroso. Tirar a vida ou liberdade de alguém para “resolver o problema”.
Para muitos uma fera enjaulada, mas para muitas delas, o fim da vida. Pois ali são sepultados os sonhos, a esperança, a alegria. A vida acaba perdendo a cor e o sentido. Tudo fica frio e cinzento como as grades e paredes que as separam do mundo.
Desprezadas, esquecidas, menosprezadas; são sentimentos mais fortes e dolorosos do que a própria prisão…
Quantas mães, filhas, esposas, amigas vivendo em prisões; mulheres e meninas. A realidade nos mostra que são milhares as mulheres que vivem atrás das grades, sejam elas físicas, emocionais, psicológicas ou até espirituais.
Quantas de nós nos sentimos presas por algo ou alguém? As prisões psicológicas e emocionais podem levar uma pessoa a agir de forma descontrolada e causar consequências desagradáveis para todos.
Até quando trancar a “fera” pode ser o correto? Julgar, condenar e excluir da sociedade resolverá o ” problema”? Parece justo…
Mas será que é mesmo? Até que ponto isso é positivo e saudável?
Todas devem arcar com suas escolhas e assumir com as consequências, mas independentemente das circunstâncias, também deve ter a chance de concertar e recomeçar, mais uma vez…
Queremos ter a chance de recomeçar, de ser aceitas, amadas, ser compreendidas, mas muitas vezes, não temos isso para com as outras pessoas.
Queremos ser aceitas, mas temos dificuldades em aceitar as outras. Lutamos por liberdade, mas “desejamos” prender a outra. Queremos ser amadas, mas odiamos e sentimos desprezo por outras. Não só julgamos, mas condenamos… Qual ou aonde está o erro?
Muitas vezes estamos em prisões que nós mesmas não percebemos. A prisão do orgulho, da ignorância, do desprezo, da arrogância; de ser desumana. Queremos sempre ter a razão…
Outras vezes, não nos impomos, mas fechamo-nos dentro das nossas cadeias que nós mesmas construímos.
Prisão do medo, da insegurança, do vitimismo. Aí descobrirmos que as “grades invisíveis”, podem prender uma pessoa, tanto como as físicas…
Muitas vezes nos colocamos atrás das grades…
As grades não deveriam ser a “segunda chance” de alguém. Um lugar de “segundas chances” deveria ser feito de cuidado e amor. Reeducar e estruturar o psicológico e o emocional, deveriam ser prioridades. Deixar de lado não resolve o problema…
Queremos viver em um mundo mais Justo, humano, com paz e amor, mas nem sempre plantamos isso. Enjaulamos nossos sonhos e crenças, pensando no que os outros vão dizer.
Nos escondemos, quando precisamos buscar ajuda…
Não entendemos o que fazemos e o porquê fazemos aos outros. Perdemos muito tempo com justificativas e procurando culpados, ao invés de resolver os problemas.
Mulheres atrás das grades, é uma frase pesada; que não é para lhe assustar, mas sim para refletir sobre as “grades” que possam estar lhe aprisionando e também, ter consciência que existem muitas mulheres atrás de grades, fisicamente, psicologicamente e emocionalmente. Que estão à espera de um abraço, um “olho no olho” e um eu quero lhe ajudar…
Mulheres que por algum motivo, fizeram o que nós muitas vezes, tivemos vontade, mas nos faltou coragem…
Se liberte, seja livre. Pois nada pode parar uma mulher que nasceu para vencer.
Clique aqui e acesse, curta e compartilhe minhas outras matérias.