Quando foi que desaprendemos a negociar nossos conflitos?
Negociação de conflitos: inicia no dia em que nascemos, o nosso primeiro acordo amigável, pois ao chorarmos seremos alimentados e acalentados.
Vamos crescendo e ainda na infância aprimoramos nossas técnicas de negociação com nossos pais, amigos, parentes e, está tudo bem se chegarmos a um acordo amigável.
Mais nos tornamos adultos e a sociedade nos fala que o acordo para solucionar nossos conflitos pode não ser uma boa opção, que melhor mesmo é um “bom combate” judicial. Será mesmo?
O recente Código de Processo Civil contemplou formas alternativas de resolução de conflitos, provavelmente porque nosso legislador identificou que somos melhores resolvendo nossos conflitos do que delegando esta função à terceira pessoa alheia à nossa causa.
Será que perdemos nossa capacidade de negociar, de argumentar e por isso estamos todos os dias batendo recordes de processos distribuídos em nosso sistema judiciário?
Será que é função do advogado, enquanto busca solucionar os conflitos de seus clientes, ingressar com demandas judiciais e se tornar cada vez mais combativo e inflexível, arrastando por anos as demandas na justiça, ingressando com inúmeros recursos?
Acredito que teremos uma sociedade civil melhor quando adotarmos uma justiça restaurativa e preventiva, quando priorizarmos a resolução consensual de nossos conflitos e quando tivermos consciência de que podemos sim prevenir inúmeros conflitos e de que a prevenção é menos onerosa, menos desgastante e mais eficiente do que uma demanda judicial.
Neste dia prosperaremos como nação e passaremos a ter maior credibilidade nacional e internacional, pois de nada adiantar ter uma solução tardia para nossos conflitos.
Mais você pode estar se perguntando: não sou empresário ou produtor rural, não tenho ações judiciais, este texto em nada agrega para mim e eu te digo: engano seu!
As empresas despendem grande parte de seu faturamento com demandas judiciais, encarecendo seus produtos, assim como os produtores rurais são inúmeras vezes acionados judicialmente, da mesma forma que vez ou outra precisamos acionar a justiça para solucionar nossos conflitos.
E as demandas judiciais irão acabar se adotarmos uma justiça preventiva ao invés de uma justiça combativa? A reposta é não!
Mais a solução dos conflitos ocorrerá em um tempo menor e, consequentemente, teremos decisões eficazes, diminuindo a insegurança jurídica que vivenciamos atualmente em nosso país.
Além de economia financeira e de tempo, ganharemos estabilidade emocional e segurança na resolução de nossos conflitos.
O Brasil pode ser uma grande potência econômica e além de todas as reformas que são necessárias para isso, precisamos reaprender a solucionar nossos conflitos, estimulando uma resolução restaurativa, eficaz e preventiva.
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