O movimento da energia é fonte de entusiasmo e harmonia na vida

A energia está em nós e se expressa em nosso comportamento

A Arte ancestral do Jin Shin Jyutsu® Fisio-Filosofia revela que o movimento da energia é fonte de entusiasmo e harmonia na vida.

Mary Burmeister afirmou: “a energia é o entusiasmo em movimento”, e, “escute apenas a harmonia.” (1)

Buscar a harmonia para que nosso entusiasmo não fique estagnado é saber bem-viver com energia.

O ano novo chegou! Muito movimento fora e dentro de nós. Há entusiasmo, intenções e promessas para o futuro, com novos projetos. Há também recordações de processos vividos no passado que nos invadem.

Nessa conexão entre futuro e passado nos situamos no presente. Isso ocorreu comigo. Senti muita energia junto à família.

Convivemos com alegria e harmonia. Olhamos a queima dos fogos à meia noite.

Após a celebração, caminhei com minha neta, de madrugada, pela orla. Com os pés molhados de mar, transportei-me ao ano 2007 e de volta a 2018.

Pensei comigo: finalmente, a formação tão desejada: sou praticante autorizada da Arte ancestral do Jin Shin Jyutsu®.

A ideia me anima: contribuir para que mais pessoas vivenciem o seu melhor movimento na vida, ao se conhecerem e se harmonizarem no corpo físico, mental e espiritual para o restabelecimento de atitudes que as prejudicam no fluir da energia. Isso já ocorreu comigo!

Em 2007, ao receber o diagnóstico de que era portadora de Hepatite C, muito desespero e dúvidas vivenciei, próprios de uma revelação desse tipo. Fiz duas biópsias, a genotipagem, e, exames de sangue para início dos medicamentos.

Graças ao protocolo do SUS e medicamentos gratuitos, assegurei, junto com a família, a viabilidade do tratamento. “Interferon & Ribavirina” não me devastaram, como a tantos outros pacientes, colegas da mesma travessia.

Consegui me curar após a primeira tentativa de tratamento, coisa que não era tão comum com uso dos medicamentos mais convencionais. Hoje, o protocolo é bem mais avançado e a cura ocorre com maior frequência, graças a Deus.

A busca de uma prática de harmonização de energia, que me desse suporte, além do uso dos medicamentos, me conduziu à descoberta do aprendizado contínuo da Arte do Jin Shin Jyutsu, que me trouxe confiança e bem estar no decorrer do tratamento.

O que nos anima e nos dá leveza na vida é a energia, em seus fluxos corretos. Por outro lado, o desânimo e a fadiga surgem quando há bloqueios em partes do nosso corpo. No decorrer do pesado tratamento da Hepatite C, senti leveza e entusiasmo, mesmo com anemia pelo uso dos medicamentos.

Fiz o primeiro curso de autoaplicação, em 2007, e não parei mais. Os três Seminários Básicos, indispensáveis à formação de um praticante autorizado para atender a pessoas envolvidas em algum projeto de saúde e/ou desejosas de aprimoramento no seu bem-viver, foram feitos entre 2008 e 2018.

No decorrer da minha formação, realizei práticas e experimentações, a fim de desenvolver minha visão pessoal sobre Jin Shin Jyutsu, através de autoaplicação, que consiste na abordagem introdutória da Arte.

A arte menciona as profundidades existentes em nosso corpo. Em seu conjunto, podem ser vistas como o trajeto que um rio percorre, desde sua nascente até sua foz, com penetração e alargamento, desde sua margem até a camada mais profunda.

Assim, o rio corre num trajeto delimitado e no caminho que faz, encontra obstáculos que bloqueiam sua fluidez. Ao serem removidos, o rio volta a seu leito.

Os fatores são externos a ele, originários de poluição e de descuido humano, acidentes no terreno que impedem seu trajeto, entre outros, que acarretam a alteração do nível e da qualidade da água.

Usando uma analogia, a energia que está em nós, pode ser vista como um rio. Temos as nossas margens que é a superfície da pele – recobrindo nosso corpo como o órgão mais extenso.

De acordo com a Arte do Jin Shin Jyutsu, é nossa primeira profundidade. Ela nos contém e nos delimita.

A seguir, encontra-se o tecido conjuntivo que reveste nossos órgãos, numa pele interna, que é denominada de segunda profundidade, aquela que faz a integração entre todas as partes do nosso corpo.

A terceira profundidade é constituída pela essência do sangue que nutre nosso corpo e regula a harmonia interior que necessitamos para viver com saúde.

O sistema muscular, responsável pelo movimento e por nossa fluidez, que deve funcionar sem enrijecer e paralizar, constitui a quarta profundidade.

A quinta profundidade refere-se à estrutura, aos ossos, em que a energia se torna mais densa e constrói o sistema esquelético.

Energeticamente, ainda possuímos uma sexta profundidade que reflete “a transição entre o universo “impessoal” e nossa experiência humana pessoal. Consequentemente, ela é a fonte de nossa energia vital. Essa fonte alimenta todos os nossos órgãos e todas as formas de energia materializáveis presentes em nós.” (2)

Para usufruirmos de um estado de saúde com boa qualidade, é preciso que a energia flua em nossos corpos, no trajeto previsto para que cada célula assuma sua função nos órgãos, em seus sistemas, e, entre os sistemas.

O desequilíbrio, com interrupção da harmonia perfeita dessa energia, pode ser causado por vários fatores externos a nós.

Esses podem ser identificados: por estilo de vida, estresse, sedentarismo, “hábitos diários de alimentação e trabalho, por características hereditárias, por ambiente muito seco ou muito úmido, condições climáticas, ansiedades emocionais e mentais, acidentes que causem lesões ou por injeções de elementos venenosos no corpo”. (3)

Se estamos harmonizados, nosso corpo físico, mente, emoções e espírito estarão em equilíbrio, pulsando no mesmo ritmo. Porém, nossa liberdade com aprendizados limitadores resultam em bloqueios de energia que conduzem a “atitudes” inadequadas que ocorrem junto aos “projetos”.

Na Arte ancestral do Jin Shin Jyutsu, a palavra “projeto” substitui a palavra “doença”. Cada um de nós, como parte do Universo, somos um pulsar único num mesmo ritmo. É essencial cuidar deste pulsar na expressão pessoal para que não haja bloqueios e travamentos.

Sabemos que muitos comportamentos surgem e desaparecem em nossas vidas. Isso é comum, mesmo com as emoções mais fortes. Mas, quando essas emoções persistem, de forma contínua, elas nos desarmonizam junto aos bloqueios da energia e recebem o nome de “atitudes” no Jin Shin Jyutsu.

Cada atitude corresponde a uma profundidade e amplia os efeitos desarmonizadores presentes nos “projetos”. Traz desequilíbrio para áreas de nosso corpo, nossa mente e nosso espírito.

Na primeira profundidade, a atitude relacionada é a preocupação ou a ansiedade. O que nos aflige está ligado ao futuro, antes de acontecer.

A tristeza, que acompanha as perdas acontecidas ou apenas imaginadas, prende-se ao passado e está relacionada à segunda profundidade.

A terceira profundidade é prejudicada, energeticamente, pela atitude da raiva, que pode expressar-se como frustração, ciúmes, inveja. Nessa atitude, as expectativas de que os outros, ou, o mundo, nos faça feliz são contrariadas pelo mundo real ou apenas por um sentimento interior.

O medo é a atitude que diz respeito a nossa quarta profundidade, com comportamentos emocionais tais como inibição, covardia, rigidez. É o medo que nos paraliza, devido à insegurança quanto a nossa sobrevivência física, mental, emocional ou espiritual.

Na quinta profundidade, a atitude resultante da desarmonia é a pretensão, que consiste em esforçar-se demasiadamente para aparentar o que não somos e fingir para atender às expectativas dos outros.

O desalento, como uma grande falta de ânimo, é a atitude relacionada ao desequilíbrio da sexta profundidade. “A energia é o entusiasmo em movimento”, falou Mary Burmeister (1918-2008), e, completou: “escute apenas a harmonia.” (4).

Foi ela quem introduziu no Ocidente a Arte do Jin Shin Jyutsu, como praticante, pesquisadora e criadora de um sistema de formação.

No Oriente, essa sabedoria ancestral que significa, por seu ideograma – “a Arte do Criador através da Pessoa de Compaixão” – foi elaborada e sistematizada, no início do século XX, por um japonês: Jiro Murai (1886 – 1960) (5)

Uma peculiaridade do Jin Shin Jyutsu Fisio-Filosofia é também usar Fisio-Psicologia e Fisio-Fisiologia, em conjunto, o que proporciona um sistema completo de apoio conceitual e prático para si mesmo e para os outros.

As práticas compreendem a autoaplicação, por qualquer interessado, e, a aplicação por meio de praticantes autorizados.

Esse atendimento ocorre em consultórios, hospitais e domicílios, em vários estados do Brasil e em outros países.

Há professores no Brasil (*) e no Exterior responsáveis pela formação de praticantes. Vídeos de vários países são divulgados em canais, no Youtube, além de páginas específicas no Facebook e blogs.

Entre os vídeos, selecionamos um que demonstra como é fácil harmonizar as atitudes, com o uso de nossas mãos que são os instrumentos para obter o reequilíbrio dos fluxos de energia nas duas práticas de vivência da Arte.(7)

https://www.facebook.com/corina.ramos.777/videos/1840074622671907/UzpfSTUyNjEzNTI1NDI0Mzc2OTo4MTYwNDUzNTg1ODYwODk/

“Abraçar” com suavidade cada dedo das mãos constitui uma forma simples de alcançar a harmonia nas diversas profundidades.

Esse é o processo mais singelo e eficaz de autoaplicação para que flua a energia da forma adequada.

Ao conhecer essa prática, o leitor e a leitora poderão usá-la regularmente, sentindo os efeitos benéficos em sua vida.

Referências:

  1. PFLUEGER, L e WENNINGER, M (comp).O que Mary diz….P (impresso, traduzido por SCHINNER, T), Escritório Brasileiro do Jin Shin Jyutsu,1997.p.20-1
  2. BURMEISTER, A e MONTE, T. O Toque da Cura. S.P, Ground, 2007. p. 40
  3. Burmeister, M. Texto II. Fisio-Filosofia: Natureza- Realidade sem esforço.Arizona, Jin Shin Jyutsu,INC, 1997. p 2
  4. PFLUEGER, L e WENNINGER, M (comp).O que Mary diz….P (impresso, traduzido por SCHINNER, T), Escritório Brasileiro do Jin Shin Jyutsu,1997.p.20-1
  5. Foto de Jiro Murai capturada na publicação Facebook Jin Shin Jyutsu Curitiba, de Maria do Rosário Quitério, em 07-02-2019
  6. Foto de Mary Burmeister capturada no site do Escritório Jin Shin Jyutsu Brasil na página Catálogo, em 07-02-2019
  7. Vídeo elaborado pelo Escritório Jin Shin Jyutsu Brasil e capturado no Facebook na página Emnovação Educação & Cultura, em 07-01-2019 https://www.facebook.com/amorarubra/?epa=SEARCH_BOX

(*) Até hoje são três professores brasileiros habilitados para formação dos praticantes autorizados: Carlos Gutterres, Iole Lebensztajn e Margareth Umeoka Serra (tive a felicidade de realizar um Seminário Básico de Jin Shin Jyutsu com cada um)

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