Você sabia que existem dois tipos de estresse?
Você sabe como lidar com os impactos do estresse, deixando de ser uma simples vítima e passando a ser protagonista da sua vida?
De acordo com a psicologia e a psiquiatria, existem dois tipos de estresse. Um positivo, chamado eustresse e um negativo, chamado distresse.
O estresse positivo é aquele que te encoraja a agir e te motiva. E o mais importante, é um sentimento temporário e você se sente energizado.
O estresse negativo lhe causa ansiedade e atrapalha a sua performance. Pode ser de curto ou longo prazo.
Em casos extremos e quando não for bem administrado, pode ocasionar ataques de pânico, burnouts, paralisia facial (o que eu tive, em 2018), dentre outros efeitos.
Deste modo, pretendo focar na paralisia facial, compartilhando a minha trajetória de cura daqui da Suíça, em detalhes.
Vivendo na Suíça desde agosto de 2015, tive como objetivo inicial em minha jornada em um novo país, encontrar um trabalho na área de Marketing e aprender a nova língua o mais rápido possível.
Mas como sempre, a vida é uma caixinha de surpresas e eventos externos acontecem sem o nosso controle. Depois de um ano da minha chegada, perdi meu avô e dois anos depois, a minha avó. Eles me criaram desde pequena e o impacto da morte deles foi bastante grande na minha vida.
Senti como se tivesse perdido o chão embaixo dos meus pés, e o impacto do estresse se fez presente em minha vida.
Meses antes da minha avó falecer, me mudei para um apartamento novo e ao mesmo tempo, meu marido torceu o pé jogando futebol. Para “melhorar” a situação, havia conseguido um emprego novo e estava nele por apenas cinco meses.
De um dia para o outro, fui diagnosticada com a tão temida paralisia facial.
Após avisar a minha família e consultar uma segunda opinião, dei início ao longo tratamento. Não vou negar, foi um período bastante difícil. Estar em um país novo, onde não falava a língua materna e vendo o meu rosto se desfigurar dia após dia, não me trouxe sentimento bom algum.
Mas o ponto em que queria chegar, é que, precisei levar um baita susto, apesar de não poder controlar estes eventos externos, para perceber e refletir o quanto a nossa saúde é o nosso bem mais valioso. E de uma hora para outra, sem que você perceba, pode perdê-la num instante.
Precisava me estabelecer em um trabalho e crescer profissionalmente na agência de Marketing em que trabalhava. Em geral, na Suíça, as vagas de trabalho são extremamente disputadas por estrangeiros qualificados.
E já que tinha conseguido essa oportunidade, eu deveria provar para todos que eu era uma colaboradora boa o suficiente no trabalho. Mas também em casa, nos relacionamentos, em um novo país com uma cultura totalmente diferente…
Afastada do trabalho por cinco meses por conta da licença médica, percebi o quanto vivemos o nosso dia a dia no piloto automático e como não escutamos os sinais que recebemos do nosso corpo. Embora havia percebido meses antes, decidi ignora-los.
Foi durante esse período de afastamento que decidi analisar a minha vida, minhas escolhas e então optar por um caminho mais consciente.
Percebi o quanto me autocobrava e o quanto eu queria parecer perfeita para o mundo externo. Mas meu mundo interno estava totalmente quebrado.
A partir deste momento de autoanálise, comecei a ler livros que me ajudaram muito, como o “Poder do Agora” e “ A Arte Sutil de Ligar o F*da-se”. Descobri o poder da ioga, da meditação e como é essencial fazer escolhas que são primeiramente melhores para mim e não só para os outros. E aprender a dizer um simples “não”.
Mas é claro que este processo não ocorre da noite para o dia. É um caminho que dura uma vida inteira e a cada dia preciso me comprometer com ele. E quando você o inicia, não há como voltar atrás.
Dois anos depois de iniciado esse processo de autocura, ainda necessito de tratamentos para o rosto, e lidar com os impactos do estresse, mas me sinto bem mais empoderada e segura de quem eu sou. E posso te garantir, vale a pena embarcar nessa jornada.
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