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O que significa ser feminina? Perspectiva Antropológica da Mulher

O debate sobre a condição feminina vem ocupando um espaço importante no mundo, tanto nas redes sociais quanto no dia a dia. Mas, a pergunta permanece: o que determina o que é ser feminina ou não?

Quando falamos em feminilidade não estamos falando sobre masculino e feminino, estamos ultrapassando os conceitos puramente biológicos.

Ser mulher é ter o masculino e o feminino morando dentro de si.

O que limita a feminilidade é um conjunto de determinações e processos culturais, os domínios público e privado são também categorias construídas historicamente e, dessa forma, culturalmente percebidas e classificadas de modo diferente nas várias sociedades.

A nossa linguagem possui um sentido pejorativo da palavra feminilidade. De acordo com o dicionário, é algo que denota a maneira de agir com futilidade ou frivolidade.

Enquanto o antônimo – a masculinidade – é dita como característica ou particularidade do que é masculino; qualidade da pessoa que apresenta um comportamento másculo; virilidade.

Se seguirmos a lógica de nossa língua, feminino é o universo do meigo, maternal e amoroso, enquanto o masculino seria a guerra e a fúria.

Contudo, se pegarmos um exemplo histórico perceberemos que esta divisão não é biológica, mas sim, social.

Os povos da Escandinávia (Noruega, Suécia, Dinamarca, Finlândia e Islândia) – chamados de Vikings – as mulheres não eram diferenciadas dos homens em batalhas, ambos guerreavam.

Enfim, o mais importante nesse contexto ainda é lembrar que nem toda mulher é representante de feminilidade e nem todo homem transpira masculinidade. Nada é tão óbvio assim, são construções sociais.

Talvez em razão disso exista tanto preconceito, em nossa sociedade, em aceitar que um homem pode ser mais delicado e cuidadoso que uma mulher, mesmo sendo heterossexual e que uma mulher pode ser mais masculinizada do que alguns homens, sendo pouco vaidosa, forte fisicamente e muitas vezes sem “espírito materno”.

Concluindo, feminilidade é um rótulo temporal e social. Não é algo para limitar o gênero ou ação das pessoas! Essa reflexão é necessária para que ninguém tenha receio de ser como realmente é, sem vergonha, nem medo de se mostrar.

Mostre-se!
Seja!
Liberte-se!

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Marialba Maretti

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