É uma zoonose que não tem cura e se espalha sorrateiramente pelo país.
A vacinação e o uso de produtos repelentes são ferramentas importantes para proteger os cães., inclusive da leishmaniose visceral
Além de incômodos, os mosquitos são responsáveis pela transmissão de diversas doenças que afetam os humanos, como as temidas febres amarela, dengue, zika e chikungunya.
Mas, engana-se quem pensa que esses insetos não trazem transtornos também para os cães.
Para eles, a picada do vetor pode causar, desde uma simples coceira no local, até enfermidades graves como a Leishmaniose Visceral Canina.
A zoonose de alto poder endêmico utiliza os cães como reservatórios no ciclo urbano.
Um animal com a doença serve como reservatório para o mosquito transmissor, conhecido como mosquito palha ou flebotómo, aumentando assim o risco de transmissão da doença para os humanos e/ou outros cães.
A leishmaniose é transmitida para os cães através da picada do mosquito palha infectado. Por isso, proteger os cães contra a ação do inseto também é imprescindível para a prevenção.
Uma vez que a doença não tem cura, a melhor proteção é a prevenção, por isso, o indicado é a utilização de um conceito de dupla defesa, que una a vacinação dos cães contra a leishmaniose visceral canina, ao uso de repelentes tópicos específicos.
A dupla defensa tem como intuito proteger os cães por dentro (vacina) e por fora (repelente), aumentando assim a proteção.
O principal desafio da leishmaniose visceral canina é controlar os avanços da doença, pois a infecção ocorre de forma silenciosa e os cães podem demorar anos para manifestar os primeiros sintomas.
Os cães com leishmaniose visceral, costumam apresentar problemas dermatológicos, como falhas no pelo (alopecia), úlceras, descamações, feridas de difícil cicatrização e espessamento (hiperqueratose), principalmente no focinho, ao redor dos olhos e nas orelhas.
É comum também o crescimento anormal das unhas (onicogrifose).
Por conta dos sinais clínicos inespecíficos é necessária a realização de testes sorológicos e parasitológicos para confirmar o diagnóstico.
Além dos problemas visíveis, a enfermidade serve como porta de entrada para outras complicações, e dependendo da evolução do quadro clínico, o animal pode vir a óbito.
O investimento em medidas protetivas deve ser feito mesmo em regiões onde a leishmaniose é considerada não endêmica, pois muitas vezes, os cães viajam desprotegidos para áreas endêmicas e podem correr o risco da infecção.
A leishmaniose não tem cura e os cães afetados precisaram de cuidados ao longo da vida, por isso a prevenção é a principal arma contra os avanços da doença. Proteja o seu cão!