Você sabe o que significa o “T” amarelo presente nas embalagens de inúmeros alimentos industrializados?
Este símbolo obrigatório informa ao consumidor que o alimento ali contido é transgênico, ou seja, foi modificado geneticamente através de alteração do seu código genético (DNA).
Os transgênicos estão presentes em inúmeros produtos da alimentação humana e especialmente nas rações dos nossos filhos não humanos.
Embora muitos estudos alertem para os efeitos nocivos a curto e longo prazo na nossa saúde e na dos pets, muitos de nós ainda não se atentaram que os transgênicos estão presentes em produtos ultraprocessados como salgadinhos, bolachas, bolos, biscoitos, embutidos, dentre outros.
Isto se deve ao fato de que tais produtos são produzidos a base de soja e milho, principais transgênicos cultivados no nosso país.
Estes ainda são os principais ingredientes que compõem as formulações de rações para os bovinos, suínos e aves, além das rações para cães e gatos.
Embora o milho e a soja (e todos os seus derivados) sejam os campeões em cultivo transgênico no Brasil, outros alimentos como arroz, batata, cana de açúcar, tomate, laranja, mandioca, banana, mamão e morango, também já são produzidos na forma transgênica.
O estudo publicado pela revista “Food and Chemical Toxicology” aponta que ratos alimentados com organismos geneticamente modificados (OGMs) sofrem de câncer com maior frequência e morrem antes que os demais roedores.
“Os resultados são alarmantes. Observamos, por exemplo, uma mortalidade duas ou três vezes maior entre as fêmeas tratadas com OGMs. Há entre duas e três vezes mais tumores nos ratos tratados dos dois sexos”, explicou Gilles-Eric Seralini, professor da Universidade de Caen, responsável pelo estudo.
A pesquisa revelou que 93% dos tumores das fêmeas são mamários, enquanto que a maioria dos machos morreu por problemas hepáticos ou renais.
Riscos potenciais a saúde de humanos e pets:
- Aumento de utilização de agrotóxicos – a modificação genética das sementes buscando a resistência aos agrotóxicos, pode levar ao desenvolvimento de “super pragas”, e consequentemente a necessidade de maior quantidade de agrotóxico para combatê-las. Os resíduos destes contaminam rios e estarão presentes nos nossos alimentos;
- Maior incidência de alergias – a modificação das sementes pode levar a formação de proteínas e aminoácidos que causem alergia quando o alimento for consumido. Uma pesquisa do Instituto de Nutrição de York na Inglaterra, em 1999, constatou o aumento de 50% na alergia a produtos à base de soja, afirmando que o resultado poderia ser atribuído ao consumo de soja geneticamente modificada;
- Maior resistência aos antibióticos – para se obter a modificação genética, os cientistas inserem nas sementes genes marcadores de bactérias resistentes a antibióticos. Ao ingerirmos estes alimentos ou ao oferecermos aos nossos cães e gatos, poderemos ter redução de eficácia ou resistência a antibióticos;
- Maior contaminação dos alimentos – em decorrência do aumento da utilização de produtos químicos no processo de cultivo.
E o que dizer dos riscos ao meio ambiente? Os mananciais e rios podem ser contaminados por resíduos de agrotóxicos utilizados no processo de cultivo.
São imensos os riscos à biodiversidade decorrentes das modificações genéticas.
Os grandes polinizadores como as abelhas por exemplo, também são fortemente afetados já que vem desaparecendo dia a dia em decorrência da utilização crescente de agrotóxicos.
Saber a procedência do alimento que comemos e daquele que ofertamos aos nossos filhos não humanos, é questão séria.
Optar por legumes, cereais, frutas e produtos industrializados orgânicos sempre que possível, nos garante a procedência destes alimentos, e a ausência de OGMs (Organismos Geneticamente Modificados).
Se você ainda não tem o hábito de analisar o rótulo dos alimentos que consome, fique atento. A saúde e bem estar da sua família não tem preço.
Gratidão pela leitura!
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