Novamente venho aqui falar de um filme, não para analisá-lo ou fazer qualquer crítica. Este é um filme que escolhi para falar sobre uma mulher.
O filme nos conta a história de uma mãe forte, que apesar da deficiência visual, luta com todas as suas forças para conseguir juntar dinheiro para a cirurgia do filho. O longa retrata uma realidade dura e cruel, em que a tragédia da personagem principal atinge níveis extremos e nos leva a reflexões profundas sobre o amor, egoísmo e o mundo em que vivemos.
Dançando no Escuro (Direção: Lars von Trier-2000)
Sinopse: Selma Jezkova é uma mãe-solteira tcheca que foi morar nos Estados Unidos. Ela tem uma doença hereditária que a faz perder a visão. Ela trabalha à exaustão em uma fábrica com intenção de economizar dinheiro suficiente, para garantir uma cirurgia para seu filho, que sofre da mesma doença degenerativa que ela e que está levando-a à cegueira completa. O que se segue a partir de então é uma sucessão de injustiças, que são agravadas pelo fato de Selma ser uma imigrante completamente indefesa em uma país hostil.
Selma encontra dificuldades no trabalho por causa de sua quase cegueira.
Selma é apaixonada pelos musicais de Hollywood e seu refúgio reside na fantasia que eles possibilitam à sua imaginação.
Quando Jeff, seu pretendente, lhe pergunta sobre sua cegueira, ela imagina um musical com o som do trem que passa.
Quando está em sua miserável vida cotidiana, as coisas ficam insuportáveis e Selma entra em um estado de alucinação no qual imagina indivíduos envoltos em elaborados números teatrais.
Seu senhorio descobre a quantia que ela guarda no trailer onde mora, ele, que está passando por sérios problemas financeiros, passa a cobiçar o dinheiro que ela juntou com tanta dificuldade.
Quando Selma começa a se atrapalhar na fábrica por causa da cegueira, nem mesmo sua fiel companheira de trabalho, Kathy, consegue evitar sua demissão.
Presa em uma cela silenciosa, partida pela dor, deseja entrar em transe, mas a falta de ruído a impede.
Dançando no Escuro é um filme que nos faz refletir sobre até onde uma mãe é capaz para conseguir ajudar seu filho. Obra cinematográfica densa e visceral sobre uma mulher corajosa e destemida, que nos remete a reflexão profunda sobre o que ela representa dentro da sociedade, especialmente quando sua condição é de uma deficiente visual.
Prêmios:
- OSCAR – Indicação: Melhor Canção Original – “I’ve Seen It All”
- GLOBO DE OURO – Indicações: Melhor Atriz – Drama – Björk Melhor Canção Original – “I’ve Seen It All”
- CÉSAR – Indicação: Melhor Filme Estrangeiro
- FESTIVAL DE CANNES – Ganhou Palma de Ouro Melhor Atriz – Björk
Fonte: Wiki/Sublime Irrealidade/Um Olhar Além da Tela