Quando eu era criança e assistia às competições que empatavam, sempre escutava a expressão chamada “Voto de Minerva”.
Então eu ficava imaginando quem seria Minerva. Algum tempo depois fui à biblioteca da escola e pesquisei sobre o assunto. Assim descobri que Minerva era uma deusa que desempatou um julgamento importante. Também aprendi que entre os deuses gregos existia um tipo de eleição e que as deusas podiam votar. Bem diferente da realidade das mulheres reais da Grécia Antiga que não tinham direito ao voto.
Durante muito tempo o voto feminino foi tratado como tabu no mundo inteiro.
Mas durante o século dezenove surgiram movimentos que lutaram pelos direitos ao voto feminino. A Nova Zelândia foi o primeiro país a garantir o direito das mulheres de votarem.
No Brasil, o sexo feminino passou a ter direito ao voto a partir de 24 de fevereiro de 1932 em todo o país. Porém, antes disto no Brasil, mulheres lutaram pela participação nas eleições. Em 5 de abril de 1928 a professora Celina Viana conseguiu votar depois de muita luta. Pois, com o advento da Lei nº 660, de 25 de outubro de 1927, do Rio Grande do Norte foi o primeiro Estado que, ao regular o “Serviço Eleitoral no Estado”, estabeleceu que não existiria mais “distinção de sexo” para o exercício do sufrágio. Também, no ano de 1928, uma estudante de Direito chamada Mietta Santiago, conseguiu através da sentença de um juiz o direito de votar e ser votada.
Hoje o sexo feminino é a maioria da população. Portanto as mulheres possuem o poder de decidir uma eleição. Afinal, nós mulheres temos uma deusa Minerva dentro de nós. Pois temos a capacidade de desempatar uma eleição.