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Comunicação é troca!

O ser humano é o animal mais dependente e relacional de toda a natureza. Você já parou pra pensar sobre isso? Todos os outros animais desenvolvem desde muito cedo sua independência, mas nós não: permanecemos dependentes de nossos semelhantes a vida toda! Mesmo as pessoas solitárias, os ermitões e os que se sentem muito autossuficientes irão depender, em vários momentos, da interação com outras pessoas.

E essa interação se dá por meio da Comunicação. Os processos de transmitir informações, trocar impressões, conquistar e seduzir outras pessoas envolve, sempre, a comunicação. A própria origem da palavra nos mostra isso: Comunicar é “tornar comum”. Se tenho uma informação só para mim, ela acaba em mim mesma, mas se compartilho isso com outras pessoas, ela pode se perpetuar.

É por isso que tenho defendido a ideia de que Comunicação é, antes de tudo, troca! Não existe comunicação se as informações são impostas de um emissor para um receptor. Mesmo nas situações aparentemente autoritárias, em que uma pessoa fala e as outras somente recebem as mensagens, é importante perceber esta troca. Em uma aula, por exemplo, o professor fala e os alunos ouvem. Da mesma forma, em uma palestra, o orador fala e o público – aparentemente – só ouve, de forma passiva. Pois mesmo nessas situações, ocorre a troca, sim. O orador, nesses casos, deve estar atento às respostas que o público emite, mesmo que não sejam respostas verbalizadas. Nesses casos, as respostas estão na linguagem corporal das pessoas da plateia, seja um auditório, seja sala de aula ou mesa de reunião.

Por exemplo: se alguns dos ouvintes emitem mensagens de aprovação, com o olhar atento, o corpo levemente curvado para a frente, discretamente fazendo “sim” com a cabeça, a mensagem geral é de que estão prestando atenção ao que o orador, palestrante, líder ou professor está dizendo. Isso pode ser altamente motivador para quem está falando à frente do grupo. Se estão inquietos, olhando o relógio, procurando a bolsa, emitem claramente a mensagem de que querem ir embora, não estão mais à vontade ali. O orador deve, nesses casos, procurar motivar novamente as pessoas, talvez mudando a inflexão de voz ou mesmo os recursos didáticos – colocando uma música, contando uma história, apagando o telão momentaneamente para chamar a atenção para si mesmo, por exemplo. Se a postura e o olhar são de dúvida, o orador deve perceber isso e corrigir sua comunicação, repetindo alguns conceitos de forma mais didática. E assim sucessivamente: quando percebemos as respostas do público, temos a chance de melhorar ainda mais a interação e a intimidade com ele.

Pense nisso e vamos, juntos, lapidar sua comunicação pessoal!

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Adriane Werner

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