O dia do índio é comemorado em 19 de abril e foi criado pelo presidente Getúlio Vargas. Os índios são importantes porque foram os primeiros habitantes do nosso continente. Por isto merecem respeito e consideração ainda maior.
A comemoração em 19 de abril foi sugerida em 1940, pelas lideranças indígenas que fizeram parte do Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México. Porém, nos primeiros dias, os índios não compareceram por medo e desconfiança, pois foram explorados pelos brancos durante muitos anos. Mas, aos poucos, através do diálogo o gelo foi quebrado. Neste congresso surgiu o Instituto Indigenista Interamericano, que possui como meta cuidar dos direitos dos índios na América. O Brasil não se interessou logo pelo instituto, porém, com a sugestão do Marechal Rondon, mostrou seu interesse e instituiu o Dia do Índio no dia 19 de abril, cumprindo a proposta do Congresso de 1940.
Marechal Cândido Rondon foi militar e indianista brasileiro, que planejou o Parque Nacional do Xingu. Ele defendeu e valorizou a cultura dos indígenas.
No Brasil há nomes de cidades e bairros inspirados em lendas da cultura indígena. Em Curitiba e região metropolitana existem lugares que os nomes foram inspirados nisto, como nos exemplos abaixo:
Tatuquara: significa a toca do tatu em tupi-guarani. Reza a lenda que, naquele lugar, existia um índio que virava tatu. Um dia ele se apaixonou pela filha de um fazendeiro e para entrar na casa se transformava num tatu. Porém o namoro foi descoberto e o índio fugiu com a amada para dentro de um buraco.
Piraquara: quer dizer a toca do peixe, em tupi-guarani. Dizem que no rio daquela região havia um peixe enorme, que um dia já foi um índio muito amoroso. Perto, daquelas águas, havia um hospital de leprosos. Numa tarde de verão uma paciente foi até o rio, achou sua pele parecida com a do peixe encantado, se apaixonou por ele, pulou no rio e transformou-se em peixe também.
Juvevê: significa árvore do fruto espinhoso em tupi-guarani. O bairro com este nome surgiu por causa da lenda de uma índia que se transformou nesta árvore.
Mossunguê: quer dizer, em tupi-guarani, milho saltitante. O bairro recebeu este nome baseado numa lenda onde uma índia transformou-se num milharal com poderes mágicos.
O próprio nome Curitiba tem origem indígena e significa lugar onde tem muito pinhão. Reza a lenda que este nome foi escolhido pelo índio Tindiquera.
Ao passar, pelo Centro de Curitiba, vemos índios sobrevivendo de seu artesanato. Porém alguns dormem nas ruas, ou, nas rodoviárias. O problema é que ainda faltam políticas públicas para a população indígena. Uma solução seria a construção de mais casas de passagem para abrigar os índios quando vem à cidade para vender seus artesanatos. Pois, os indígenas têm as posses das terras, mas não conseguem viver só da agricultura e precisam comercializar o artesanato como complementação da renda. Isto é uma atitude empreendedora da parte deles e que deve ser valorizada.
Por curiosidade, especialistas afirmam que os comerciantes que enfeitam seus estabelecimentos com motivos indígenas, no Dia do Índio, são mais visitados nesta ocasião e colaboram com a autoestima de todas as pessoas. Pois o brasileiro é a união de: branco, negro e índio.
Imagem destaque: Foto – Colunista Patricia Selicani (Manaus-AM – Tribo indígena Tatuos)