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Vivo como se fosse morrer!

Sempre faço uma analogia sobre o tempo que temos disponível aqui embaixo nessa terra da seguinte forma, peço que você imagine no céu, um salão enorme, com ampulhetas de todos os tamanhos, realmente todos os tamanhos de ampulheta, umas com areia suficientes para durar 3 dias e outras com areia abundante, que demoraria 100 anos para chegar ao fim, e em cada ampulheta dessas, tem um nome com sobrenome, indicando porém o possuidor daquele tempo, como se para cada um ser humano nascido, fosse designado uma ampulheta e colocado naquele salão enorme, onde ninguém consegue entrar, somente Deus.

Aos 40 anos, observei muitas pessoas morrendo ao meu redor, pessoas incríveis, com futuros brilhantes, mas que por alguma força do destino, sua areia chegou ao fim, e só restaram lembranças e saudades, nada mais pode ser feito, a morte é implacável, ela vem sem avisar e nem sempre, chega para as pessoas certas, os maus, os assassinos, os estupradores… Se pudéssemos ser juízes, saberíamos exatamente quem merece morrer, segundo o nosso senso de justiça, mas com a morte não é assim, ela tem outros critérios que nunca nos foram revelados.

Quando me vejo questionando a vida e a morte, me permito olhar para a minha vida e ver o que pode ser melhorado, sempre me perguntando: “Se hoje fosse o último dia da minha vida, eu agiria assim?”. Comecei a viver desse jeito há algum tempo, e parece que ao me comportar dessa forma, fui largando os sacos pesados que andavam sobre os meus ombros, sacos de rancor, ressentimento, raiva, arrogância, autojustiça, julgamento… Comecei a olhar para pessoas e observar seus comportamentos e ao invés de xingar o cara no trânsito, pergunto a mim mesma, eu vou devolver isso? Ele só tem isso para dar! Hoje entendo que você só dá o que tem dentro de você!

Se faça essas perguntas agora, e se EU tivesse somente 3 meses de vida, viveria da forma que estou vivendo? Faria isso com meu tempo? Faria isso com as pessoas, faria isso com a minha família? Esse é o meu melhor potencial pessoal? Estou aqui de passagem, e o que estou fazendo com os meus talentos, estou mudando as coisas ao meu redor? Sabe o que impede muitas vezes nós não sermos nós mesmos? A necessidade de nos sentirmos aceitos a aprovados pela sociedade! Por que deixamos as pessoas determinarem nossos sonhos, e nossos projetos? Já se perguntou, se você está vivendo a vida que você sonhou viver, ou se está vivendo o sonho que seu pai ou da sua mãe escolheram para você?

Meu amigo, minha amiga, te convido nesse dia de escolher viver a sua vida em amor, ame-se mais, permita-se mais, perdoe mais, compreenda mais, fale mais o que está dentro do seu coração, não deixe ninguém te subjugar, ouça o som do mar, descubra algum sonho (por mais louco que pareça) do seu cônjuge ou filho (a) e faça junto com ele, role na areia junto com seu cachorro, tome 3 picolés se tiver vontade, voe de balão, pule de paraquedas, dívida uma refeição com um mendigo, descubra o que fez ele se entregar daquela forma, quebre estereótipos, seja humilde; mas principalmente perdoe, meus Deus por favor perdoe! Perdoe quem não merece, quem não entende o que é perdão! Perdoe para você ficar liberto, jogue as areias dos seus ombros fora, por favor, viva como se fosse morrer, não se permita cantar a música Epitáfio dos Titãs, não, por favor não faça isso, Epitáfio não deve ser a sua música, escolha outra!

Você nasceu para ser feliz e desfrutar dessa vida, seja você, seja a sua melhor versão melhorada a cada dia, não deixe sua vida passar, faça o que tem vontade, viva como se fosse morrer, meu convite de hoje é, viva a vida maravilhosa, antes que sua areia termine!

Da amiga Cris Goulart

Se quiser compartilhar sobre a vida, mande e-mail para mim [email protected]

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Cris Goulart

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