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A difícil arte da escolha de profissionais e empresas no mercado.

Com tantas opções de empresas e profissionais no mercado, com ofertas mirabolantes, definir a escolha de um fornecedor é tão difícil quanto ser escolhido por um cliente, mas com ética, tudo fica mais fácil.

Estamos vivendo tempos bicudos, como dizia minha avó, mas diferente de outras épocas, não temos escassez muito pelo contrário: abundam-se opções de produtos, serviços, profissionais e consumidores. A única coisa que falta mesmo é dinheiro.

As necessidades pessoais e profissionais continuam as mesmas, mas com o dinheiro mais curto, os consumidores se perdem na escolha já que a oferta de produtos, profissionais e serviços é imensa.

Atualmente podemos nos dar o luxo de escolher qual o salão de cabeleireiro vamos entrar pela cor da fachada, contador pela cor dos olhos e web designer pelas iniciais do nome próprio. Exagero? Mais o menos…

Infelizmente o mercado está atolado de profissionais que antes estavam sob regime da CLT, mas que pela pressão da crise sobre as grandes empresas, foram catapultados para o empreendedorismo e estes, na ânsia de conquistar novos clientes e fechar novas vendas, acabam se prevalecendo da carta mais forte: o preço. E essa política de preço mais agressivo é fortalecida quando, erroneamente concluirmos que empresas com menos impostos e menos estrutura (leia-se funcionários) devem, por questões matemáticas ter um custo menor. Nem sempre isso é verdade. Muito do custo envolvido na formação do preço de um produto está na tecnologia, qualidade do material empregado e capacitação dos profissionais envolvidos.

Se por um lado pequenos negócios estão surgindo com preços atrativos, por outro lado, as grandes empresas também estão revendo seus custos para encantar os mesmos clientes que estão obrigando os pequenos empresários a cantar, dançar e tocar flauta ao mesmo tempo.

Mas aí você vai me dizer: “mas Mirtis, grandes empresas têm em seu custo a máquina de café e o jardineiro paisagista, que enfeita recepção, e meu custo não contempla esses luxos”. Você está certa. Porém também é bem provável que essa empresa, que tem cafeteira italiana e plantas bonitas, também tenha equipe qualificada, tecnologia e poder de compra, o que é o suficiente para promover maior eficiência e consequentemente menor custo operacional, ou seja, será que, o luxo da grande empresa não custa o mesmo que o desperdício da pequena?

Mas para que essa conversa toda?

Para lembrar que somos todos os dias, compradores e vendedores, e que devemos usar a mesma régua de valores independentemente da posição do momento.

Se estamos comprando, devemos valorizar o produto considerando todos os itens que compõe o preço, ou seja: qualidade, pontualidade, confiança, forma de pagamento, efeitos colaterais e pós-venda.

Se a oferta for muito diferente da concorrência, desconfie, pois você corre o risco de não receber o que espera ou, pior, receber um produto fabricado à base de sangue e suor alheio, e aí, não é negócio né? É exploração.

Por outro lado, também não compre considerando amizade, tamanho de empresa ou qualquer outro quesito que não agregue, de fato, qualidade ao bem adquirido: pequenas empresas só devem se perpetuar se forem administradas por grandes empresários e grandes empresários respeitam o mercado, seu cliente e sua própria empresa e considerando isso, irá oferecer um produto adequado por um preço justo sempre.

Se este não for o caso do seu fornecedor, é melhor deixa-lo sair de cena e liberar o palco para quem ensaia e quer dançar.

O mesmo cuidado vale para quando estamos vendendo: perceba se o que você está oferecendo ao seu cliente é o produto que ele está procurando. Se seu preço baixo envolve matéria prima ou profissionais de qualidade duvidosa, deixe claro quais são os riscos.
Não ofereça gato por lebre sob a justificativa do preço. E mais sério que isso: nunca, jamais, em hipótese alguma trabalhe de graça, somente para garantir um pedido. Sua mão de obra custa e tem sim que compor o preço do produto. Se um cliente se recusar a pagar por isso, dê uma carta de recomendação e encaminhe-o para seu pior concorrente.

Nunca esqueça: Caridade e trabalhos voluntários devem ser oferecidos a ONGS, igrejas e comunidade, não a empresas geradoras de riquezas e pagadora de impostos.

Pense nisso.

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Mirtis Fernandes

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