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A felicidade nas redes sociais: verdade ou fantasia?

E de repente todo mundo se tornou eternamente feliz! Quando nos deparamos diariamente com tanta felicidade nas redes sociais, fica o questionamento: verdade ou fantasia?

A felicidade pode ser definida como uma sensação de contentamento, de vitória, de superação, de conquista ou, simplesmente, de bem-estar.

Porém, na era das redes sociais, talvez esse estado de espírito tenha recebido um novo significado, condicionado à quantidade de curtidas e comentários que a postagem do suposto felizardo receber.

Então, em um momento de tanta exposição virtual, não basta ser feliz. É preciso que todos saibam disso nos mínimos detalhes, ou seja, é imprescindível o aval dos seguidores virtuais.

Lembrei do antigo debate sobre o ser, o ter e o parecer. O adequado seria conjugarmos esses verbos nessa mesma ordem. Primeiro deveríamos buscar o ser, conquistar algo, um sonho, uma profissão, algo que nos realizasse.

O ter seria a consequência dessa vitória, fruto de nosso trabalho. E o parecer, seria efeito da nossa realização, que cairia no conhecimento público, inevitavelmente.

Na era dos likes ocorre justamente o inverso. Não importa quem você é, nem o que você tem de verdade, e sim, o que você parece ter ou ser.

Percebe-se uma busca doentia por likes e uma disputa velada de quem é mais rico, mais bem-sucedido, mais viajante, mais bonito, mais culto, mais feliz!

É considerado o detentor da vida mais incrível quem possui mais curtidas e comentários em suas postagens, mesmo que isso seja apenas no mundo virtual.

Estudos mostram que na verdade nunca as pessoas foram tão solitárias no mundo real, apesar de possuírem inúmeros seguidores nas redes sociais.

E essa aparente felicidade e euforia causada por tantos likes acarreta ansiedade e angústia, conforme os feedbacks sejam positivos ou negativos.

Não é de hoje que os jovens tentam sempre se adaptar para serem aceitos em determinado grupo. E hoje esse movimento não tem mais idade para ocorrer.

A pergunta é: para que mesmo? Para se enquadrar em um padrão e ser aceito? Para se distrair com a vida dos outros e esquecer a própria?

Assustador ou não, esta é a era em que vivemos e pela qual somos controlados.

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