Existe um limite na busca pelo padrão de beleza?
A indústria da beleza e da moda está ganhando milhões levando milhares de pessoas a fazerem loucuras para alcançar o padrão imposto.
Há anos a indústria da beleza e da moda vem ditando parâmetros e a discussão sobre o tema esquentou, especialmente entre modelos, que desenvolveram quadros de bulimia e anorexia. A supervalorização da magreza, com o auxílio da mídia, faz com que não somente os famosos sejam vítimas. Na verdade, as pessoas comuns são as mais atingidas.
Um botox aqui e outro ali, um nariz mais fino, mais arrebitado, mais seio, menos seio, mais musculatura, uma cara mais afinada, lipoaspiração, lipoescultura, bariátrica, chip da beleza, e por aí vai… começamos e não paramos.
Todo procedimento cirúrgico traz riscos a saúde, inclusive podendo levar a óbito e calcular os riscos é necessário, conhecer a clínica e o médico é uma obrigação contigo mesma.
Homens e mulheres se submetem a riscos muitas vezes desnecessárıos, mas as mulheres representam maior número.
Creio que a cirurgia estética é maravilhosa e necessária em muitos casos, como por exemplo mulheres mastectomizadas, problemas físicos como deformação, ou problemas que possam estar causando problemas físicos ou psicológicos.
Entretanto, o que se discute é o exagero da estética. Mulheres que acabam com transtornos psicológicos, baixa autoestima por não alcançar esse padrão, chegam ao suicídio e automutilação, de acordo com alguns profissionais da saúde.
Veja o ranking dos países que mais fizeram procedimentos cirúrgicos em 2020:
- Estados Unidos (1.485.116)
- Brasil (1.306.962)
- Rússia (478.200)
- México (456.489)
- Alemanha (425.855)
- Turquia (360.542)
- Argentina (284.320)
- Índia (255.528)
Cheguei a uma clínica estética certa vez para tratar de manchas da pele e a profissional me recomendou um botox para eliminar aquela marquinha entre as sobrancelhas.
Eu disse a ela:
“İmagine! Tenho 53 anos, essa marca faz parte da minha história de vida e não me incomoda. Porque razão devo tirar?”
É sobre isso queridas. Somos únicas, temos nossa própria história, nossa genética, por que ficarmos todas com a mesma cara? Nem gêmeos querem ser exatamente iguais, são as mães que os vestem iguais por ser gracioso enquanto pequenos, mas uma vez que crescem querem ter sua própria identidade.
Alimentação saudável, atividade física, sono adequado, hidratação, descanso, luz solar, terapia psicológica, checkup periódico, são chaves para uma mente e corpo sãos.
Atualmente estou com 55 anos. Quero chegar à velhice bonita e com saúde. Com músculos para me sustentar em minhas tarefas diárias. Para ser independente, viajar, passear, praticar esportes, brincar com as crianças, e não para ficar com a cara da minha atriz preferida. Quero ser bonita da minha maneira.
Algumas perguntas para reflexão:
- Padrão de beleza ou robotização do ser humano?
- Estamos perdendo nossa identidade ou estamos melhorando nossa autoestima?
- O que vou fazer é o único caminho para alcançar o que quero ou é o mais rápido?
Reflita sobre isso. Ame-se e cuide-se.
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