Em 2 de outubro próximo começam as eleições em todo país. Diariamente somos bombardeados com propagandas políticas que estão em toda parte. Tudo isso serve para persuadir o cidadão que vai votar, a fim de fazê-lo digitar seu número na urna eletrônica.
Por isso, não poderia haver momento mais oportuno para falar sobre As Sufragistas. Mulheres que lutaram pelo direito ao voto feminino no início do século XX, para garantir o sufrágio (direito ao voto em eleições políticas) que se organizaram como movimento social para reivindicar seus direitos.
Sinopse: Inspirado no movimento sufragista do final do século XIX e início do XX, na Inglaterra, o drama retrata a vida de um grupo de mulheres que resistia à opressão de forma passiva, sendo ridicularizadas e ignoradas pelos homens. A partir do momento em que começam a encarar uma crescente agressão da polícia, elas decidem se rebelar publicamente.
O filme acompanha a evolução de Maud, da negação do movimento à militância extrema. Lavadeira, esposa e mãe, ela começa a questionar o próprio papel na sociedade.
Podemos observar as péssimas condições de trabalho em que aquelas mulheres eram submetidas, sem contar os inúmeros abusos verbais e sexuais a que estavam expostas. “Numa lavanderia não se trabalha por muito tempo, se você é mulher. ” Ao ficarem limitadas ao interior das fábricas ou locais deste gênero, elas sofriam feridas e queimaduras, ou adoeciam por causa de todo o gás.
O filme mostra o quanto a militância exige daquelas mulheres, que abrem mão de suas famílias pelo sonho de uma vida melhor para suas filhas ou as filhas dos outros, pois sabem que a mudança não virá em seu tempo.
Apesar de o movimento ter ficado mais conhecido pela reivindicação do direito ao voto, na verdade as sufragistas lutavam pela igualdade em todos os terrenos, inspiradas pelos mesmos ideais iluministas e humanistas que levaram à Revolução Francesa e formaram a base da “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão“, mas que ainda excluíam as mulheres da vida pública.
Na Inglaterra retratada no filme, o direito ao voto foi obtido em 1928; no Brasil, em 1932; enquanto em países do Oriente Médio a conquista é ainda mais recente, com a Arábia Saudita permitindo apenas 2015 que as mulheres votassem e se candidatassem a cargos políticos.
Emily Wilding Davison, interpretada por Natalie Press, é uma personagem real, seu último ato de militância ocorreu no Epsom Derby, em junho de 1913 – quando ela invadiu a pista de corrida e se jogou na frente do cavalo do rei George V – sendo atropelada por ele. Sua morte atraiu a atenção da imprensa para o movimento sufragista e mais de 6 mil mulheres participaram de seu funeral.
Apesar de podermos votar, não avançamos tanto assim. Ainda são muito poucas as representantes das mulheres na política; os salários ainda são menores e os abusos frequentes.
Fontes: Tudor Brasil/universomovie/Wiki/Omelete