Acesso a direitos e espiritualidade ajudam a enfrentar o câncer
Câncer – outubro Rosa é um mês de muita sensibilidade, pois vai muito além da campanha de combate ao câncer, é importante pensarmos em questões práticas, como o retorno ao trabalho após a doença e os direitos com os quais se pode contar.
Temos que lembrar que o ser humano é composto por corpo, mente e espírito. Tudo o que acontece no físico afeta o emocional e o espiritual.
Considerando os percalços da saúde diante de uma doença tão agressiva como é qualquer tipo de câncer, é necessário ter uma visão otimista sobre o futuro.
É assim que a pessoa se mantém ativa no processo de cura e não se vê apenas como vítima.
Retomar a vida profissional após a doença proporciona senso de valor e propósito. A mulher se ajuda e ajuda o seu entorno sendo produtiva e se inserindo na vida social, com o objetivo de retomar os rumos de sua vida.
Isso traz reflexos não apenas para ela, mas para todos que lutam e lutaram ao seu lado, como os familiares e os amigos. Um sentido de orgulho muito grande também pode emergir, afinal uma pessoa laboral se sente útil, ocupada e em crescimento.
Uma vez passado o tratamento, é necessário também verificar como serão realizadas as adaptações no ambiente do trabalho no seu caso e como isso será possível.
Chamar a atenção para essas questões conscientiza a todos.
Sempre lembro que as fases têm início, meio e fim e, nesse meio, as adaptações no ambiente de trabalho também fazem parte.
Direitos previdenciários após o diagnóstico
Não podemos esquecer de que antes da cura vem o tratamento. A mulher diagnosticada com o câncer terá direito a auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez como direitos previdenciários sociais.
Essa situação será definida em perícia conforme for atestada a sua incapacidade para o trabalho, se temporária ou definitiva.
E como essa solicitação é feita? A pessoa pode solicitar pelo telefone 135 do INSS ou indo pessoalmente ao instituto social de previdência fazer o agendamento da perícia.
O INSS tem tudo para estar preparado no apoio ao atendimento das pessoas com a doença que precisam do auxílio. Esse atendimento começa pelo telefone 135.
O laudo médico realizado pelo perito é que vai definir a gravidade da doença. Esse é o momento de levar a documentação médica, as comprovações de quimioterapia, o tratamento a ser feito e quanto tempo vai levar.
Tanto o auxílio por incapacidade temporária quanto aposentadoria por incapacidade permanente exigem 12 meses de contribuição. Porém, no caso do câncer, existe a isenção dessa carência, o que é muito positivo no contexto da pessoa doente.
O acesso a um tratamento digno, o apoio espiritual e a coragem para enfrentar a doença tornam a doença menos dolorosa.
Portanto, quero deixar uma mensagem de esperança a todas que estão vivendo um problema tão difícil como é o câncer. Buscar passar pela doença com leveza, espiritualidade e acessando os seus direitos torna tudo menos doloroso e mais humano.