A escolha depende única e exclusivamente de nós
Coadjuvante ou protagonista – Quando a vida me mostrou dois caminhos, confesso que por muito tempo, acreditei ser a coadjuvante.
E que culpa de tudo eram dos meus pais ou das pessoas que me rodeavam.
Levei muito anos para entender que tudo na vida depende, única e exclusivamente de mim.
Claro que a maneira como fui criada e educada tem parcela nesta história. Agora ficar eternamente presa a isso eu não aceito mais, decidi ser a protagonista.
Quando era coadjuvante me sentia de menos valia, psicologicamente abusada me submetia a fazer e até a pensar como os outros queriam que eu fosse. Sim, era deste jeito.
Fui uma criança onde sentar de perna aberta, ”Deus me livre”. Muito tímida, com informações limitadíssimas sobre sexualidade, aos 15 anos engravidei e fui colocada dentro de um casamento, sem saber realmente era aquilo que queria.
Aí vocês podem estar se perguntado: Mas ela poderia ter se posicionado? Gente eu era a coadjuvante não falava só obedecia.
Sem sonhos, sem objetivos como mulher fui levando minha vida. Assim lá passaram 28 anos, dentro de um relacionamento, onde a sensação que tenho hoje era de uma marionete, “conduzida” e com posicionamento dirigido.
No cotidiano, era muito fácil me acomodar, me contentar com as situações postas, pois elas não exigiam nenhum esforço, mesmo que doloridos e frustrantes.
Porém é preciso lembrar que somos donos de nossas escolhas e devemos formar ideais e objetivos para encarar a vida da melhor forma.
No momento em que despertei para ser a protagonista da minha história, literalmente soltei minhas asas e voei um voo de liberdade.
Mudei minha postura, meu jeito ser, de vestir, e fui em busca do que sempre sonhei. Não foi fácil, encontrei muitas pedras no caminho e também encontrei muitas flores…
Muitos gatilhos eram acionados, mas precisava lidar com o medo, sentimento de menos valia. Foi ai que procurei apoio psicológico e holístico e o despertar aconteceu. Escolhi então reescrever um novo capitulo e é assim todos os dias da minha nova caminhada.
O que deu errado reflito e recomeço. Entendi que somos responsáveis pelas atitudes que tomamos (nada é por acaso, tudo tem um porquê).
Precisamos estar conscientes da responsabilidade que temos enquanto seres humanos, ser protagonista não é um papel fácil, mas é libertador quando compreendemos a melhor forma de viver.
Como já diz a música das Frenéticas:
Abra suas asas
Solte suas feras
Caia na gandaia
Entre nessa festa
E leve com você
Seu sonho mais lou
ou, ou, ou, louco
Eu quero ver esse corpo
Lindo, leve e solto
A gente às vezes
Sente, sofre, dança
Sem querer dançar
Na nossa festa
Vale tudo
Vale ser alguém
Como eu
Como você
Reflexão:
Você escolheu qual caminho – Coadjuvante ou protagonista?
Ou em qual deste você está hoje?
O que impede você por causa do medo?
O que mudaria na sua vida se pudesse?