Na atualidade muitas mulheres têm adiado a maternidade, devido aos desafios que a sociedade e ela mesmo se impõe.
Realmente, a mulher conseguiu conquistar muitos espaços, mas tem pago um preço por tudo isso. O maior preço que tem pago é o Desafio de ser Mãe.
Há uma exigência, por vezes, sobre-humana sobre as mulheres, a exigência de perfeição, os resultados são maiores que os solicitados aos homens.
Elas ainda enfrentam questões como salários menores para mesmos cargos que os homens, jornadas duplas ou triplas, ter que ser mãe exemplar, dar conta da casa, estar linda e disposta o tempo todo, entre outras.
Apesar de atrasarem a maternidade em alguns anos, normalmente, após os 30 anos ou próximo dos 40 anos, para que possam estudar, se estabelecer em uma carreira para depois decidirem engravidar, há a dúvida se será possível equilibrar vida profissional e maternidade.
Entretanto, a mulher tem um relógio biológico com data para deixar de funcionar quando se fala de ter filhos e isso gera uma pressão muito grande, pois já se sabe que após os 40 anos, ainda é possível ter filhos, mas há risco tanto para a mãe quanto para o filho, apesar dos avanços da medicina.
A grande maioria das mulheres decidem ter filhos, nem que seja pelo menos um, atendendo assim a algo que dizem que é biológico na mulher, gerar e dar a luz a um ser humano.
A partir daí começa o desafio. E o primeiro desafio será equilibrar inúmeros pratos (papéis) da sua vida (mulher, amiga, esposa, profissional, dona de casa, filha, mãe, provedora, etc.). Realmente, tem que ser “Mulher Maravilha” para dar conta de tudo. E dá, mas tem um preço.
Hoje tem aumentado o número de mulheres que sofrem de infarto, depressão, ansiedade, síndrome do pânico, entre tantas doenças decorrentes do elevado índice de estresse e da vida corrida que se leva.
Para que tudo isso melhore as mulheres-mães devem diminuir a cobrança que fazem a si própria de uma perfeição irreal e inatingível, da culpa de querer exercer todos seus papeis no nível de excelência.
Convido as mães a estabelecerem algumas atitudes que com certeza poderão ajudá-las a se sentirem melhor:
- Estabeleça um tempo no seu dia para realmente estar com seu filho (que seja 15 minutos), mesmo que isso signifique uma cama desarrumada ou uma louça na pia. Este tempo será precioso para seu filho sentir que você o ama e gosta de estar com ele.
Neste tempo brinque, pule, corra, converse, jogue com ele. Sorriam juntos e se divirtam. - Tenha um tempo para você. Se conseguir uma vez por semana, ótimo, senão verifique como isso pode entrar na sua agenda, nem que for uma vez por mês. Vá ao shopping, faça as unhas, vá caminhar ou simplesmente fique sem fazer nada.
- Mantenha contato com suas amigas. Procure marcar encontros com outras mães e façam um café/chá da tarde ou outra atividade que vocês possam partilhar os desafios que têm encontrado no dia a dia, na criação dos filhos.
Isso funciona como uma terapia em grupo e pode ser uma excelente válvula de escape. - Dentro do possível, procure fazer um exercício físico. Houve um tempo que o exercício que eu conseguia fazer era subir e descer a escada da minha cada, fazia isso por 15 minutos, 3 vezes por semana. Me ajudou muito.
- Compartilhe as responsabilidades da educação do filho com o pai. Ele fará do jeito dele e está tudo certo. O importante é inseri-lo no processo de criação como um agente ativo, mesmo que isso signifique ele fazer as coisas diferentes de você.
- Procure aprender alguma ferramenta de gerenciamento de tempo. Saiba discernir e estabelecer o que é importante do que é urgente, isso diminui a carga que o tempo nos impõe. Se você resolve mais coisas urgentes do que importante algo pode não estar indo bem.
- E uma dica de ouro: respire, respire e respire. Nesta vida agitada temos nos esquecido de respirar e quando fazemos ficamos presentes e oxigenamos nosso cérebro, e acabamos fazendo as atividades com mais humor e consciência.