Mês passado, eu dividi com vocês um pouco de como foi minha decisão de me tornar consultora, por meio do Interim Management (ou Gestão Interina), após mais de 20 anos de vida corporativa e de todas as “seguranças” de ser empregada formal de uma grande organização.
Sim, ser empregada, com carteira registrada e com os mais diversos benefícios traz uma “ilusão” de segurança.
Quando digo “ilusão”, estou me referindo a todas as dificuldades e incertezas do mercado e da economia. Sem contar as necessidades, interesses e objetivos das organizações, que, muitas vezes, não se alinham completamente aos nossos modelos, valores e prioridades.
Ao longo dos últimos 25 anos, eu me formei na faculdade e construí toda uma carreira, técnica (como advogada) e corporativa (como executiva de grandes multinacionais, sempre como empregada formal).
Muitos foram os desafios e conquistas que me fizeram crescer, como profissional e como ser humano.
Muitas foram as madrugadas passadas em claro, em quentes negociações ou estudando casos e revendo contratos e documentos.
Incontáveis foram as vezes em que deixei de comparecer ou cheguei (muito!) atrasada a eventos e compromissos de família e de amigos.
Não tenho dúvida do acerto da minha decisão de empreender. Ser minha própria chefe, me proporciona aprendizado, crescimento e desenvolvimento de competências novas a cada dia.
Hoje, quero contar para vocês sobre minhas recentes experiências com um novo e inovador modelo de contratação, o Interim Management.
Esse modelo é uma tendência, em alguns países como os EUA, mais da metade da contratação de executivos já é feita através da modalidade de prestação de serviços.
É a distinção entre “emprego” e “trabalho”, conferindo assim, mais flexibilidade para as empresas e para os executivos.
Além da flexibilidade, também é importante ressaltar a transparência e assertividade desse modelo de contratação.
Os objetivos são detalhados previamente e o escopo do projeto é bem definido desde o momento da contratação, que tem data para começar, objetivos a serem alcançados ou projetos a serem desenvolvidos e implementados e data para terminar.
Atuar como Interim Manager tem sido uma experiência muito rica, para mim, e, tenho certeza, também para as empresas que contratam nessa modalidade.
Quando se tem prazos e objetivos bem definidos, temos clareza para atuar com muito mais segurança e “ir direto ao ponto”. Temos condições de trazer o “olhar de fora” para uma organização, atuando em conjunto com o time.
Assim, ao mesmo tempo em que uma gestão interina permite assegurar a continuidade das operações, acabamos orientando e ajudando a desenvolver as equipes.
Essa modalidade de serviço permite às empresas dar continuidade às operações, como por exemplo, em caso de afastamento ou licença de um executivo.
Um dos casos mais comuns é a licença maternidade de executivas, que podem ficar afastadas por até sete meses (seis meses de licença e um mês de férias).
Relembrando o conceito, o Interim Management é um modelo de prestação de serviços pelo qual executivos experientes assumem a gestão temporária de uma ou várias áreas de uma organização.
O contrato é por um prazo determinado, ou para implementar um projeto específico, com começo, meio e fim já definidos.
No Brasil, a legislação e a justiça trabalhista são tradicionalmente mais rigorosas.
Mas, a Reforma Trabalhista e a Lei da Terceirização trouxeram importante flexibilização, possibilitando que as empresas contratem essa modalidade de serviço com muito mais segurança.
A empresa contratante dos serviços de Interim Management continua sendo subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas e previdenciárias referentes ao período em que ocorrer a prestação dos serviços.
Com relação a este ponto, com o objetivo de conferir maior segurança às nossas clientes, a innovativa assume contratualmente a responsabilidade pelos executivos alocados em seus projetos.