Saúde mental no Brasil em Estado de Alerta
Legado da pandemia: atenção redobrada à saúde mental, desafiada por traumas, perdas, incertezas e isolamento pós-pandemia.
Tudo o que foi vivido na pandemia, perdas de pessoas queridas, distanciamento, medo pelas incertezas, aulas online, home office, foram situações de grande impacto emocional, deixaram marcas, marcas conhecidas como traumas.
O fato da realidade atual, estar totalmente diferente não faz com que todas estas marcas desapareçam como num passe de mágica.
Há dados que mostram que quadros de ansiedade, depressão, lapsos de memória, dificuldades nas relações, tem se intensificado nos últimos meses.
É claro que as pessoas reagem de forma diferente a situações de estresse, ou seja, o que determina essa marca, esse trauma, é como a situação é percebida e não a situação em si. Este é o conceito de trauma.
O que determina então? É a história de cada um, a estrutura, as características pessoais e do grupo que essa pessoa faz tarde.
Porém há um detalhe que deve ser olhado com atenção quando falamos na pandemia.
Para algo ser descrito como traumatizante, ele precisa ter quatro características e ser algo:
- Inesperado,
- Dramático,
- Isolador, e
- Não ter estratégia para lidar. É o que é chamado de IDIN.
Quando analisamos toda a pandemia, percebemos que essas quatro características estão presentes no que foi vivenciado neste período.
Por isso de formas diferentes o legado da pandemia de covid19 é uma pandemia de saúde mental.
É importante é estar atento para como tem sido a vida no pós-pandemia.
- Como está a saúde mental?
- Qual a qualidade do sono?
- Como vai a alimentação?
- Existe a busca em estar com pessoas ou a preferência é estar só?
- Como vão as emoções? Tem oscilado? Qual a mais frequente?
- E a ansiedade? O que ela tem feito com a rotina?
Se as respostas te levarem a percepção de que há algo errado, “desprazeiroso” saiba que não é preciso se acostumar a esta situação sem fazer nada a respeito.
Invista em você! Há movimentos que podem ser feitos sem a justificativa de não ter tempo ou dinheiro.
Faça exercícios respiratórios, olhe para o horizonte, de sua janela e respire lentamente, isso diminui a produção de adrenalina e auxilia a sair do estado de alerta.
Coloque em sua alimentação “mais comida de verdade”, um dos benefícios é permitir que seu intestino funcione melhor o que interfere diretamente na produção de serotonina. O intestino é uma das chaves na regulação do humor.
Controle o tempo na frente das telas, inclusive antes de dormir. A ansiedade e o sono vão ficar bem diferentes.
E lembre-se. O distanciamento acabou…
Veja onde você se colocou. Você não está só.