Como lidar com momentos finais da vida de um pet
Luto por um animal – Sabemos que ver o envelhecimento de um pet nos faz pensar em como será a vida após a partida dele, ou melhor, nem queremos pensar nisso.
A visão que aprendemos em nossa cultura, sobre a morte, traz um peso e não é algo que aprendemos a falar com naturalidade, pelo contrário, é um assunto que se evita a todo custo, pois carrega dor e sofrimento em sua interpretação, portanto é um tema excluído, mas, não deveria ser.
Abordar o assunto com sabedoria, ainda que nos cause inquietação e desconforto, através de uma visão mais ampla que vai além daquilo que nos foi ensinado, compreendendo que a morte se trata do encerramento de um ciclo de vida, no qual a caminhada até ali deve ser valorizada, pode nos fazer encarar esse processo com mais serenidade e clareza.
Sabemos que na medicina veterinária conforme a lei 11.794/2018 o procedimento de eutanásia, que consiste no modo humanitário, sem dor e com o mínimo de estresse de causar a morte de um animal, é algo frequentemente praticado em fases terminais de doença dolorosa e não responsiva aos tratamentos, justificando-se para o próprio bem do animal.
Obviamente, somos doutrinados através da metodologia pedagógica atual nas faculdades para evitar o contato emocional com os envolvidos no processo do animal, tornando assim a eutanásia uma solução mais facilitada para acabar rapidamente com a situação, tanto para o médico veterinário quanto para o tutor, livrando da “carga” daquele problema.
No entanto, há também a chamada ortotanásia, que traduz o final de vida “desejável”, na qual são mantidos os métodos de alívio de dor e que priorizam o bem-estar físico, mental, emocional e espiritual do paciente e de todos os envolvidos, trazendo consciência e clareza com o processo de morte, auxiliando inclusive o tutor a viver a fase do luto de forma mais tranquila.
Quando compreendemos que, assim como nós, os animais também passam por seus processos e devem ser respeitados até o último momento, passamos a ter consciência de que devemos oferecer suporte em todos os níveis para o pet que está em processo de doença, e abrir a nossa mente e o nosso coração para que possamos ter clareza e aprender através deste ser querido.
Luto por um animal
Com esta visão, convido o leitor a refletir sobre o assunto, tentando compreender que a vida passa por ciclos a todo instante, isso é a natureza, que segue seu percurso independente da nossa vontade e que, sim, devemos olhar com profundo significado para a questão do luto, não o antecipando por ver seu pet envelhecendo, nem adiando, mas olhando amorosamente para essas fases.
E, quando chegar a fase do luto por um animal, vivê-lo de maneira a compreender seu verdadeiro e profundo significado, procurando por ajuda terapêutica caso seja difícil fazê-lo sozinho.
Podemos fazer escolhas que nos façam lidar com os desafios da vida com serenidade e lucidez, não colocando peso sobre as situações, pessoas e animais, talvez esse peso e sofrimento sejam apenas uma interpretação que fazemos por enxergar a situação por um determinado ângulo.
Procurar um médico veterinário acolhedor que possa conversar sobre o processo do seu animal, uma ajuda terapêutica ou psicológica poderá fazê-lo olhar a situação sob outros pontos de vista, pois sabemos que muitas famílias atualmente têm o pet como um membro da família carregando consigo também profundos sentimentos por esses seres queridos.
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