A Sublime Arte de Valorizar o Simples
Luxo uma palavra que evoca uma infinidade de imagens relacionadas a conforto, sofisticação e prazer, mas seu significado tem se diluído ao longo do tempo, principalmente devido à sua aplicação irrestrita em qualquer objeto ou experiência que seja excessivamente caro ou ostentatório. No entanto, o verdadeiro luxo pode ser, na verdade, subjetivo, variando imensamente de pessoa para pessoa.
O luxo não se limita ao brilho das joias ou ao requinte de um carro esportivo de alto valor, como um Lamborghini, ou à preciosidade de uma obra de arte de Tarsila do Amaral. Embora esses elementos possam ser, para muitos, símbolos claros de status e luxo, para outros, a definição de luxo é muito mais simples.
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Para alguém de menor poder aquisitivo, o verdadeiro luxo pode estar em aquecer-se em um cobertor confortável em um dia frio ou apreciar o sorriso de um amigo.
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O luxo pode ser um momento de paz no meio da natureza ou, para muitos, o simples prazer de tomar um café quente em boa companhia. Não é o preço do café que importa, mas o prazer de estar presente, compartilhando momentos com aqueles que amamos.
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Em um mundo onde o consumo é frequentemente incentivado por campanhas publicitárias que nos sugerem uma vida mais luxuosa se adquirirmos produtos de marcas famosas ou possuirmos objetos raros, o verdadeiro luxo muitas vezes está na discrição.
Ele se revela na maneira como nos sentimos ao viver a vida de maneira plena, não pela quantidade de bens materiais, mas pela qualidade dos momentos que experimentamos. Está muitas vezes na beleza dos pequenos detalhes, no silêncio confortável de um lar acolhedor e na simplicidade de um sorriso.
O luxo mais autêntico talvez seja aquele que não precisa ser mostrado, aquele que é percebido apenas por quem o vive. Esse é o luxo da alma, do coração e da convivência – algo que muitas vezes não pode ser comprado, mas sim cultivado no dia a dia.
Contudo, este desejo muitas vezes se baseia mais na percepção do que na verdadeira necessidade de possuí-los. O luxo agora é cultivado pela publicidade, que molda nossas expectativas e nos leva a acreditar que a verdadeira felicidade reside na posse de objetos ou na experiência de consumo.
Maria Inês Borges da Silveira
Consultora e ministra palestras e cursos sobre Etiqueta Social e Corporativa e Cerimonial Público e Privado.
Autora do Livro: “Viver com elegância não é difícil” e de manuais de etiqueta.
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