Em tempos de Paralimpíadas lembrei de uma mulher talentosa que apesar das dificuldades físicas tornou-se uma brilhante pintora mexicana de Surrealismo e Arte Moderna.
Famosa pintora mexicana que em 1913, com seis anos, contraiu poliomielite, sendo esta a primeira de uma série de doenças, acidentes, lesões e operações que sofre ao longo de sua vida. A poliomielite deixa uma lesão no seu pé direito. Passou a usar calças, depois longas e exóticas saias, que se tornaram uma de suas marcas pessoais.
Ousada e talentosíssima, esta filha de um imigrante alemão com uma mexicana católica e tradicional decidiu transpor toda e qualquer barreira que a ela se apresentasse. E ainda encontrou tempo para ser uma mulher como tantas outras.
A dor e a tragédia perseguiram-na por toda a vida. Na adolescência um bonde, no qual viajava, chocou-se com um trem. O pára-choque de um dos veículos perfurou-lhe as costas, causando uma fratura pélvica e hemorragia. Ela ficou muitos meses entre a vida e a morte no hospital, teve que operar diversas partes e reconstruir por inteiro seu corpo, que estava todo perfurado. A vida adulta lhe reservaria outras desgraças, mas ela não se deixaria abater.
Foi nesse momento que ela começou a pintar e expressar suas angústias através das tintas que colocava na tela.
Sua paixão por Diego Rivera era vista como o mais forte e conturbado amor do século 20, já que na mesma intensidade que ela o amava, eles acabavam se magoando. No entanto, Diego foi essencial para que ela se revelasse como artista, já que Frida muitas vezes retratava na tela essa grande paixão.
Embora tenha engravidado mais de uma vez, Frida nunca teve filhos, pois o acidente que a perfurou comprometeu seu útero e deixou graves sequelas, que a impossibilitaram de levar uma gestação até o final, tendo tido diversos abortos.
O que a água me deu, 1938. Boiando sobre a água estão elementos fortes, como a própria pintora estrangulada e o Empire State Building em chamas.
Conforme o tempo passava, sua saúde apenas piorava. Em 1950, ela teve de amputar uma perna, o que fez com que caísse em profunda depressão – passando todos os seus pensamentos e sentimentos para as telas e seu diário.
Tentou diversas vezes o suicídio com facas e martelos. Mas em 13 de julho de 1954, ( apenas alguns dias depois de completar 47 anos) Frida Kahlo, que havia contraído uma forte pneumonia, foi encontrada morta. Seu atestado de óbito registra embolia pulmonar como a causa da morte. Mas não se descarta a hipótese de que tenha morrido de overdose (acidental ou não), devido ao grande número de remédios que tomava. A última anotação em seu diário, que diz “Espero que minha partida seja feliz, e espero nunca mais regressar “, permite a hipótese de suicídio. Seu corpo foi cremado, e suas cinzas encontram-se depositadas em uma urna em sua antiga casa, hoje Museu Frida Kahlo.
A casa localizada no bairro de Coyoacán, foi lar da pintora e durante alguns anos também de Diego.
Em Outubro de 2002 foi lançado o filme Frida. Dirigido por Julie Taymorrida e tendo nos papéis principais Salma Hayek como Frida Kahlo e Alfred Molina como Diego Rivera
“Nada é absoluto. Tudo muda, tudo se move, tudo gira, tudo voa e desaparece”
Fonte: Wiki; GBlog; A Mente é Maravilhosa ;La Parola.
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