O antes e o depois de “The Handmaid´s Tale”

“The Handmaid´s Tale” – Margaret Watwood escreveu em 1995, o livro “O Conto da Aia”, um livro genial. Uma história atemporal, que vem de encontro a tudo que nós mulheres conquistamos nos últimos anos.

O livro se transformou em uma série, “The Handmaid´s Tale”, lançada em abril de 2017 pela Hulu.

Assisti a série ano passado, porém a série só chegou ao Brasil em março deste ano, pelo canal pago Paramount.

Provavelmente vocês não me ouvirão falar isso com muita frequência, mas a série é muito melhor que o livro, o que é raríssimo.

A série é melhor na forma como foi produzida, e pela escolha minuciosa dos atores, que impactam grandiosamente na série.

A atriz protagonista é ninguém menos que Elizabeth Moss (que eu já conhecia por sua atuação maravilhosa como Peggy, em Mad Man) e Josephine Phoenix (que dispensa legenda).

A fotografia da série é deslumbrante, e a trilha sonora impecável.

O livro também é muito bom, o que deixa a desejar, no meu ponto de vista, é a coragem da protagonista, que na série é o ponto marcante da personagem Jude.

Um governo religioso dá um golpe na população, começam demitindo todas as mulheres de seus trabalhos, congelam suas contas, e por fim, as arrancam de suas famílias, e as separam em 3 grupos, as aias, que seriam as escravas sexuais (que serviriam para produzir filhos para esses governantes), as Marthas (que seriam as domésticas e cozinheiras) e as exiladas, que vão trabalhar nas colônias (destinadas a morte).

Essas mulheres são obrigadas a abandonarem seus filhos, maridos e passam a viver num mundo de alienação, controladas todo tempo, não tem acesso a livros, a nenhuma notícia, e nenhuma comunicação com sua vida anterior.

Um pesadelo carregado em silêncio por essas mulheres, qualquer tentativa de resistência contra esse governo acaba em morte.

Assim como os gays, médicos e padres que são enforcados e deixados num muro, expostos, para que todos se sintam amedrontados.

Uma história incrível, contada brilhantemente, vale a pena ler o livro e ainda mais ver a série, e vale muito refletir sobre tudo que conquistamos e como isso pode ser perdido num segundo.

Por isso acredito que o livro e a série são transformadores, existe uma Maria Eugênia antes e uma depois de The Handmaid´s. Uma mais atenta as mudanças, aos seus governantes, ao mundo em que vivemos.

E principalmente em relação aos nossos direitos conquistados com tantas lutas.

BLESSED BE THE FRUIT
UNDER HIS EYES…
Livro: O Conto da Aia

The Handmaid’s Tale é um romance distópico de 1985 da autora canadense Margaret Atwood. Situado na Nova Inglaterra de um futuro próximo, que agora é parte de uma teonomiatotalitária fundamentalista cristã que derrubou o governo dos Estados Unidos.

Data da primeira publicação: 1985
Autora: Margaret Atwood
Número de páginas: 311
Personagens: Offred, Serena Joy, Ofglen, Professor Pieixoto, Nick, Moira, Luke
Gêneros: Ficção utópica e distópica, Ficção científica, Ficção especulativa
Prêmios: Arthur C. Clarke Award, Governor General’s Literary Award for English-language fiction

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