As Redes Sociais são ferramentas indispensáveis nos negócios, porém a estratégia de uso, ou falta dela, pode transformar o alimento em veneno. Como sua empresa cuida disso?
No último mês, tivemos duas grandes polêmicas, que colocaram em evidencia duas grandes marcas: Anitta e H&M.
Caso 01
Uma cantora de funk, saída de uma comunidade carioca, com 24 anos de idade e 4 de carreira. Ela não tem empresários: administra a carreira sozinha, compõe parte do seu repertório e é coreógrafa.
Qualquer um pode questionar o estilo musical da Anitta, mas gosto não se discute e padrão de qualidade é sim algo que deve ser contextualizado sempre, mas o que é inquestionável é a competência empreendedora dessa moça: ela sabe o que quer, planejou, criou estratégias e está dando um passo atrás do outro de forma espetacular.
Para ser cantora internacional tem que aprender inglês? Ela aprendeu.
Para entrar no mercado internacional tem que fazer duos e mais duos: ela fez!
Para despertar o interesse dos gringos tem que cantar bossa nova? Ela compôs e gravou uma bossa em inglês.
Para estourar nas rádios americanas tem que fazer um clipe bombástico: Tome “Vai Malandra”, que mostra um Brasil que envergonha os brasileiros “a lá Caco Antibes”, mas que existe, é grande e consome, queira a classe média ou não.
Mas clipes mostrando um Brasil pobre e negro, tem aos milhares e isso são é garantia de alta visualização. O pulo do gato estava em usar a arma mais poderosa da atualidade:
Redes Sociais. Anitta lançou o clipe e junto com ele lançou a polêmica (Sim, isso pode ser fabricado e qualquer agencia de Marketing Digital faz isso com muita competência) e BOOOMMM ! Dá-lhe 157 milhões de visualizações.
Caso 02
Hennes & Mauritz, ou H&M, empresa multinacional sueca, fabricante e vendedora de moda presente em 41 países com mais de 3000 lojas.
Muita gente pode não gostar dos produtos que a H&M comercializa, mas existe público para todo tipo de roupa e tanto na música quanto na moda, padrão de qualidade é algo que deve ser contextualizado sempre.
O que é inquestionável é a competência empresarial e o nível dos executivos que lideram essa grande empresa.
Para ser multinacional tem que ter uma estrutura de altíssima competência? A H& M tem.
Para atender consumidores ao redor do mundo, tem que entender a cultura local de cada região: A H&M entende e considera isso a cada coleção.
Para atrair esses consumidores tem que ter uma estratégia publicitária de alta qualidade? Sim, mas isso a H&M não tem, pois, após criar uma campanha publicitária onde um menino negro aparece com um moletom onde lê-se “Coolest monkey in the jungle” (O macaco mais legal da selva), a empresa foi massivamente criticada e perdeu consumidores pelo mundo todo.
Como uma propaganda pode ter um efeito tão devastador e tão rápido? A resposta é simples: Redes Sociais, a arma mais poderosa da atualidade.
As duas marcas tiveram experiências completamente antagônicas, a partir do mesmo canal de comunicação.
A grande diferença é que Anitta, é digital e nativa das Redes Sociais. Usa, estuda e entende como esse mundo funciona e então ela pega sua arma, mira e atira, enquanto a H&M, presa aos seus velhos conhecimentos e mecanismos deixa de observar detalhes mortais, esquecendo que a visibilidade hoje em dia é global e instantânea, então ela pega sua arma e só descobre para que serve o gatilho no momento em que o cano está apontado para a sua cara.
Qual a lição de empreendedorismo que essas marcas nos entregam? O Mundo mudou! Reveja suas verdades, conceitos e ferramentas.
Escute o que aquele mocinho que se veste esquisito e tem um piercing está querendo te falar.
Contrate aquela “maluquinha” que vive de fone de ouvidos e digita no celular com uma velocidade satânica.
Aprenda com eles!
Nós, do alto da nossa experiência, sabemos qual é o alvo, mas são eles que sabem atirar e nossas empresas tem duas opções: manter-se jovem, mesmo que tenha 100 anos ou morrer de velha, mesmo que ela tenha a idade de um bebe.