Entenda o que é como lidar com a prática do Bring Our Own Device para reduzir ao máximo os riscos da sua empresa.
O crescente número de pessoas que usam dispositivos móveis ao longo dos anos já era dica para a forte entrada dessas tecnologias nas organizações. Como já previsto pelo Gaertner, a consumerização de TI se tornou uma forte tendência no mercado.
O uso de dispositivos móveis dentro das corporações vem se difundido cada vez mais, e junto a esse movimento crescente aumentam as preocupações dos executivos de TI com a segurança dos dados e informações contidas nesses aparelhos. Se um dia o setor de TI era dono do ambiente tecnológico utilizado pelos colaboradores da empresa, hoje um estudo realizado pela Convergência Research mostra que cerca de 47% das grandes empresas já adotam as práticas do “Bring Your Own Device” (BYOD), e 13% das companhias brasileiras afirmam que planejam adotaram a pratica em 2015, tornando mais palpável.
Apesar de ser uma prática que traz consigo altos riscos para a corporação, não permitir que os funcionários utilizem seus dispositivos pessoais para a realização de seu trabalho pode se tornar uma opção ainda pior. Isso porque com a proibição surgirão meios de burlar as regras, e menos controle sobre o tráfego de dados e segurança das informações a empresa terá.
A saída é entender que a mobilidade é um tema estratégico, que torna os custos com manutenção e compra de equipamentos mais baixos, permite que colaboradores estejam disponíveis em qualquer hora e qualquer lugar, faz com que seus colaboradores sintam-se mais satisfeitos, uma vez que podem escolher o dispositivo que melhor se adapta a suas necessidades e gostos, mas que precisa de grandes cuidados na hora de ser implementada.
A permissão da escolha sobre qual notebook, tablet ou smartphone cada colaborador vai usar na realização de suas tarefas requer da empresa um trabalho cuidadoso na estruturação de uma política de uso que envolve aspectos relacionados ao departamento jurídico, de recursos humanos e, claro, da TI. Apesar de ser bastante claro que um dos maiores riscos do BYOD é a perda ou extravio de informações confidenciais, 49% das empresas participantes da pesquisa realizada pela Associação Brasileira de E-business afirmam que apesar de terem adotado a prática, ainda não possuem uma área de TI com processos estruturados para gerenciar o processo.
O mercado brasileiro ainda carece de uma infraestrutura adequada, e a solução está na mobilidade – em especial na cobertura Wi-Fi. Imagine gerenciar os semáforos com esse tipo de conexão, por exemplo. A longo prazo, isso vai melhorar nossa qualidade de vida e dar ao governo a oportunidade de renovar o país e nossa cultura. A solução está na rede, e não no dispositivo.
Não deixe para depois a elaboração de regras e o estabelecimento de limites para o uso de dispositivos pessoais dentro da sua empresa, procure por profissionais qualificados, e crie um bom documento que estabeleça um padrão de controle e flexibilidade para o uso dos dispositivos e crie um código de conduta para garantir que informações confidenciais não sejam perdidas através de pequenos detalhes, como a não criptografia de dados, ou pelo roubo do aparelho eletrônico.