Solidão, seus 100 anos, um livro, um escritor colombiano, e os dias atuais

Eu adoro as surpresas da vida, e me peguei assim, sendo surpreendida por este livro lindo e intenso, chamado “Cem anos de solidão” do Gabriel Garcia Márquez, vulgo Gabo, ganhador do Prêmio Nobel em 1982, pela composição da sua obra.

Já li outros livros do Gabo, mas tinha deixado Cem anos de lado, acredito que tudo tem seu tempo, e esse tempo me encontrou este mês.

Em 2017, foi comemorado os 50 anos de lançamento do livro, um ícone da literatura latino-americana.

Como leitora voraz que sou, já li muita coisa interessante, mas posso dizer sem sombra de dúvida que a história da família Buendia me cativou.

A família vai repetindo um padrão de nomes e propaga junto com sua linhagem familiar, suas dores, seus erros, e sua solidão.

É imprescindível se ater a árvore genealógica que está na primeira página do livro, pra conseguir acompanhar. O livro é muito bem construído, mas como os nomes se repetem, é fácil se perder.

Os protagonistas José Arcádia e sua mulher Úrsula, constroem em Macondo (cidade fictícia) uma história incrível, de busca, realizações fantásticas, guerras, amizades, amores, traições e muita, mas muita solidão.

Úrsula passa por muitas gerações, vendo os homens da sua família cometerem os mesmos erros, lutando batalhas perdidas, é ela que tenta ser a base estrutural dessa família.

É fácil entender e se relacionar com a solidão dos personagens, nesse mundo isolado, os dias parecem ser sempre iguais, as horas não fazem muito sentido e a vontade de ter poder, gera guerras e guerras que não levam ninguém a lugar algum, apenas a morte.

Um livro escrito há 50 anos atrás e que faz tanto sentido nos dias atuais, onde vemos guerras absurdas, pessoas isoladas em seu mundo, um mundo virtual cheio de falsa felicidade, falso afeto, e falsa proximidade.

Pelo que vejo esse livro poderia ter sido escrito ontem.

Será esse nossos próximos 100 anos…? Mais Cem anos de Solidão.

Edição comemorativa em capa dura dos 50 anos de publicação da obra-prima de Gabriel García Márquez.
Gabriel Garcia Márquez

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