Nem todo o estresse é ruim. Ao menos é que relata Barry Lenson, jornalista e autor do livro Viva o Stress – Como transformar as pressões do dia-a-dia em uma ferramenta criativa. Este livro me foi dado de presente há vários anos, num momento de forte tensão profissional. Adoro ganhar livros, mas nem sempre consigo ler todos. Com este não foi diferente – folhei algumas páginas e o guardei na estante.
O tempo passou, e sabe aquele tipo de cena de filme? Foi bem assim que aconteceu. Recentemente, ao guardar determinado livro na prateleira, este caiu no chão e, quando me abaixei para pegar, o título me pareceu propício ao momento. Desta vez, o devorei!
Simples, objetivo e de fácil leitura, o livro traz dicas de como identificar o bom e o mau estresse, como obter o melhor do bom estresse, e reduzir ou minimizar os danos causados pelo mau estresse – enfim, viver na paz e tranquilidade.
Até mesmo o vilão, classificado como a doença do século, possui os dois lados da moeda. Isso tem sido tema de pesquisas científicas, há meio século. Estudiosos do comportamento humano buscam entender quais as situações estressantes que produzem efeitos positivos. O autor reforça que é o tempero da vida e, uma vez que está associado a todo e qualquer tipo de atividade, não pode ser evitado.
Claro que a forma de enfrentar qualquer fato difere de pessoa para pessoa, mas de modo geral, o bom estresse é aquele que motiva e anima, podendo ser traduzido como desafios. Já o mau estresse bloqueia o desempenho, e pode ser considerado um impedimento
Vamos a alguns exemplos práticos.
BOM ESTRESSE – DESAFIOS | MAU ESTRESSE – IMPEDIMENTO |
Quantidade de projetos | Excesso de burocracia |
Pressão nos prazos | Falta de emprego ou trabalho |
Programa de metas | Política no escritório |
Outro dado interessante é relativo ao domínio da situação, pois no primeiro exemplo o cenário é controlável, já no segundo sai fora do controle. Um cliente chama para uma reunião, num tom de voz não muito agradável. O bom estresse impulsiona a preparação para responder aos possíveis questionamentos do cliente com fatos e dados. O mau estresse é vivenciado na possibilidade do cliente cancelar o contrato.
Mesmo assim, muitas vezes me vejo imersa em uma agenda diária irreal. O que tem me causado certa frustração. Laura Vanderkan traduz em sua palestra no TED, “como ter o controle do seu tempo livre”, a realidade de muitas de nós, o quanto, talvez, não saibamos priorizar a agenda com atividades e compromissos, absolutamente, relevantes – deixando os menos irrelevantes e os supérfluos de lado. Dentre eles, responder todas as mensagens dos grupos de WhatsApp e vasculhar as postagens dos amigos do face.
Vídeo (Inglês) – Laura Vanderkam – How to gain control of your free time
A escritora coloca em números aspectos fundamentais, os quais, particularmente, nunca tinha parado para pensar. Talvez este exercício matemático seja também de grande ajuda para identificar caminhos.
As 168 horas da minha semana (em média)
Cada semana tem 168 horas, das quais passo quase 50 dormindo e mais 50 trabalhando (workaholic de carteirinha, trabalho aos finais de semana), 12 horas dedicadas a exercitar meu corpo, 12 horas brincando com os meus gatos, 10 horas para cuidados com a casa & supermercado, e as 4 horas restantes deixo em “miscelaneous” (mas, provavelmente devem ser gastas nas redes sociais). Acabou a semana!
Baseada nas sábias colocações de Laura, preciso dar um jeito de trabalhar e dormir menos, além de otimizar o tempo dedicado a gestão da casa, porque não abro mão do tempo mágico que passo brincando com os meus gatos nem tão pouco das horas dedicadas ao exercício físico.
Seguindo a própria orientação do autor do livro “apesar de ser um fato gerador de certa ansiedade, envolve metas específicas e resultados desejados”. Bingo. Acabo de identificar um bom estresse na minha vida, porque com planejamento, foco e disciplina, será possível distribuir de forma mais harmoniosa o meu tempo semanal.
Final de ano é tempo para olhar o que passou e fazer planos para o ano seguinte. Que seja assim. Em 2017, vivamos o estresse positivo. Como reforçou Lenson: “O bom estresse nos torna mais saudáveis e o mau estresse nos destrói”. Qual vai escolher vivenciar mais?.
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